segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

O PRAZER DE OLHAR.....VAMOS DAR UMA ESPIADINHA....

BIG BROTHER BRASIL 

Nossa curiosidade natural por ver o que está oculto - e especialmente o que não tivemos autorização para ver, em nossa infância - dá sentido aos realities shows.

Olhar o outro é algo próprio da natureza humana e pode ser explicado de maneiras distintas.

Uma das maneiras de explicar a bisbilhotice recorre a uma tese freudiana de fundo sexual. Pense nos que compram um pacote na TV por assinatura para ter acesso total ao Big Brother. Será que eles só desejam ficar a par das briguinhas entre os participantes? Pense num homem que mira com um binóculo o apartamento da vizinha. Ele busca apenas momentos nos quais ela lê ou faz o jantar? “As pessoas também querem ver intimidade”,

De acordo à psicanálise freudiana, a cena última que motiva nosso interesse é, invariavelmente, o encontro sexual de nossos pais, o “drama edípico”, isca principal do BBB.

A teoria darwinista. No ambiente natural, os machos brigam pelo poder e as fêmeas buscam o macho mais apto para a reprodução. Os instintos de sobrevivência normalmente estão associados aos instintos eróticos, mas em situações altamente estressantes como nos realities shows eles se dissociam e aparecem os comportamentos violentos, as intrigas, a dissolução dos valores civilizados, a regressão aos instintos mais primitivos.

Outra explicação é: o que nos leva a observar as reações alheias é um mecanismo funcional por meio do qual usamos a experiência do outro para validar nossos referenciais, aprender com as punições ou copiar modelos bem-sucedidos. Esse processo pode se dar quando estamos no cinema, lendo um livro, ouvindo uma história sobre alguém ou até assistindo ao Big Brother. A psicologia dá a isso o nome de “experiência de vicariância”. Significa fazer a função do outro, substituir. No sentido médico, significa usar da experiência do outro como se fosse a sua, viver uma experiência qualquer por tabela.

Mas o que é um mecanismo natural se torna algo prejudicial quando exagerado. “Quanto mais a pessoa vive a vida dos personagens, menos vive a própria vida. Quanto mais obtém prazer olhando a vida alheia, menos encontra prazer olhando a sua própria”


Ao nos convidar a dar uma espiadela nos outros que estão dentro da casa, nas suas fofocas, traições, o programa desperta a nossa atenção, tirando o foco de nós mesmos e dos problemas que, de fato, deveriam nos interessar.

Ao espiar dentro de nós mesmos poderemos perceber o quanto "me abandonei", o quanto minha vida está sem atrativos, espiando a mim mesma poderei ver meus medos, minhas tristezas, minhas incertezas diante do futuro, meus sentimentos de abandono, de solidão, de vazio, enfim AO ESPIAR MINHA VIDA, ESTAREI BATENDO DE FRENTE COM MINHAS ANGUSTIAS, PORTANTO É BEM MELHOR ESPIAR A VIDA ALHEIA!!!!!

Joselaine Garcia
Psicóloga




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