quinta-feira, 28 de outubro de 2010

PSICOTERAPIA – MITOS E VERDADES


É um processo de mútua cooperação, confiança e respeito. O papel do psicólogo é acolher e incentivar, apontando recursos internos que a pessoa possui e ainda não descobriu, levando-a a reconhecer, em si própria, a capacidade e a habilidade de lidar com estes momentos de forma produtiva.  

Toda ação de mudança ou adaptação traz, no princípio, períodos de conflito, daí a importância de se bucar um profissional com sensibilidade para entender sua dor e que lhe faça sentir acolhido.

Trago aqui uma analogia que traduz de forma sublime este relacionamento paciente-terapeuta.

O psicólogo é como um jardineiro, que simplesmente cultiva uma planta (paciente) ou seja, ele não cria a planta, não cria a terra e nem a semente, nem planeja os passos que devem ser seguidos pela planta para atingir a maturidade, florir e frutificar. O jardineiro apenas cria melhores cnodições de solo, abriga a muda quando muito pequena, contra condições climátícas adiversas. Protege-a na medida do possível contra os insetos; livra-lhe a área de crescimento, para que não morra por falta de espaço ou luz. Mas não é ele (jardineiro) que a faz cresce. O crescimento é da própria planta, e é ela que absorve o alímento do solo e, principalmente, é ela quem deita suas próprias raízes, que já estão contidas em sua semente." (Solange Martins Ronconi, psicóloga clínica.)

Procurar um psicólogo não é um sinal de fraqueza, desequilíbrio ou incompetência para lidar com seus próprios problemas ou dificuldades, mas sim, sinal de grandeza interior para reconhecer que somos humanos e sujeitos as limitações e situações que a vida nos impõe, e que necessariamente não temos a obrigação de saber decidir que rumo devemos tomar.

Algumas questões afastam muitas pessoas de clínicas e consultórios psicológicos. Hoje, é uma especialidade vista como elitizada, antigamente para pessoas com problemas mentais.

Este conceito equivocado vem sendo alimentado, em parte, pela mídia, bem como, pela falta de conhecimento a cerca do real valor desta ciência, que estuda a mente e o comportamento humano. Quando uma pessoa de um nível social elevado vai ao "Terapeuta" (Psicoterapeuta), é para tratar o "Stress"; caso contrário, preconceituosamente, as pessoas vão ao psicólogo por que acham que estão ficando "Loucas", o que as faz sentir-se marginalizadas. Na verdade a psicologia, não se limita a estes conceitos, ou melhor, preconceitos, pois é uma ciência idônea, preocupada com o bem-estar e a qualidade de vida do ser humano, no que dizer respeito a sua vida pessoal, familiar e social. Não importa a causa, seja "Stress", "Síndrome do Pânico", "Insônia" ou "Auto-conhecimento", a Psicologia proporciona o auxílio profissional buscando os caminhos que possibilitem a solução ou a melhor forma de convívio com suas queixas ou anseios.

Há, contudo, uma outra questão que tem afastado muitas pessoas de clínicas e consultórios psicológicos - o custo financeiro, no entanto, encontramos, hoje, clínicas e consultórios de psicologia, que primordialmente buscam auxiliar as pessoas que os procuram, tornando-se flexíveis e abertos a adequarem-se conforme às condições apresentadas pelo paciente. Como bem diz a Psicóloga Clinica Solange Martins "Todo profissional alcança pela experiência e qualidade de serviço o seu "Status" profissional, mas ainda somos humanos !!!

"Invista em você!!! Você só tem a ganhar... Melhorando seu bem estar e a qualidade de vida".

terça-feira, 26 de outubro de 2010

ADOLESCÊNCIA - DELINQUÊNCIA JUVENIL

adolescÊNCIA
Delinqüência Juvenil
conhecer e reconhecer!

É impraticável compreender o problema da delinqüência atual sem levar em conta fatores sociais, o ambiente familiar e organização própria da responsabilidade do sujeito, bem como seu momento evolutivo.
Vários fatores estão contribuindo para o incremento da delinqüência juvenil, como a crises do consumo e a escassez de bens materiais, a inquietude social, a quebra do modelo tradicional de família, a inópia da ação educativa, a falta de limites, enfim, como já foi dito vários fatores contribuem para o desvio dos jovens à criminalidade.
Neste sentido, percebemos que existem diversos discursos; não há um conhecimento unânime a respeito da delinqüência juvenil.
Porém, a delinqüência juvenil é fato, sujeito e contexto, mas uma certeza há que ao falar em delinqüência estamos falando de desamparo do ser humano, das crianças, dos jovens, dos pais e da sociedade como um todo e, principalmente, da família.
Desamparo, típico da nossa modernidade cultural, onde a descrença generalizada nos valores tradicionais leva a uma intensa busca de prazer pessoal e do individualismo em detrimento dos ideais coletivos.
Não podemos buscar o isolamento individual com aparência de bem estar e independência, é necessário mudar-mos nossa percepção em relação ao nosso semelhante ao invés de julgá-lo ou buscar explicações de senso comum. “aquilo que se sabe quando ninguém nos interroga, mas que não se sabe mais quando devemos explicar, é algo sobre o que se deve refletir. (evidentemente algo sobre o que, por alguma razão dificilmente se reflete)”. (WITTGESTEIN, 1979. p.49).
O fenômeno da delinqüência juvenil suscita um redimensionamento completo do pensamento, que deve estender-se além das normas legais. Um procedimento tão intricado como a do ser humano não pode ser compreendida se não formos capazes de relativizar nossas próprias normas, se não soubermos nos colocar no lugar do outro e não nos aproximarmos de sua vida da maneira mais isenta possível de nossas parcialidades.
Penso que o despontar deste campo de estudo, que une a patologia mental à social, arquiteta a análise psicossocial da delinqüência Juvenil guiada para a leitura das realidades e ambientes, parafraseando Mafessoli é uma “colcha de retalhos”, ou seja, há um conjunto de elementos totalmente diversos que estabelecem entre si interações, assim sendo é preciso trabalhar em rede, pois rede também é uma forma de pensar, destarte em se tratando de delinqüência juvenil é imprescindível ter um olhar apurado, preparado para perceber o invisível, tentar abrir possibilidades de existência, vislumbrar uma articulação social, poder usar o mesmo espaço de outro jeito, ter uma nova percepção e a construção de sentidos, repensar conceitos, mudança de olhar/pensar, quebrar o que já esta cristalizado é mister produzir híbridos, cria algo novo, assim devemos pensar, conhecer e reconhecer a delinqüência, criando algo novo, percebendo-a como uma mistura de situações que engendram tal reação delinqüente. “O homem é ilusão, e quando perde a capacidade de sonhar, perde a sua essência (...) a violência passa a ser uma reação; a delinqüência, o comportamento que a expressa”. (Trindade, 2002).
“ao invés de tomar a palavra gostaria de ser envolvido por ela e levado bem além de todo começo possível(Foucault, 2001)

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

ESTRESSE NO TRABALHO

Talvez o ambiente do trabalho tenha se modificado e acompanhado o avanço das tecnologias com mais velocidade do que a capacidade de adaptação dos trabalhadores. Os trabalhadores vivem hoje sob contínua tensão, não só no ambiente de trabalho, como também na vida em geral.
Há, portanto, uma ampla área da vida moderna onde se misturam os estressores do trabalho e da vida cotidiana. A pessoa, além das habituais responsabilidades ocupacionais, além da alta competitividade exigida pelas empresas, além das necessidades de aprendizado constante, tem que lidar com os estressores normais da vida em sociedade, tais como a segurança social, a manutenção da família, as exigências culturais, etc. É bem possível que todos esses novos desafios superem os limites adaptativos levando ao estresse.
O stress é cada vez mais indissociável da vida moderna em geral e da vida profissional em particular. Em “doses” moderadas, acaba por ser funcional, já que nos motiva e nos ajuda a fazer face à competitividade. Contudo, a partir de determinados níveis, pode ser extremamente prejudicial à nossa saúde.

O Ministério da Previdência apontou o aumento expressivo, de 2000% entre 2006 e 2009, no número de casos de afastamentos por distúrbios mentais, transtornos emocionais, doenças do sistema nervoso e problemas no sistema digestivo. A organização atual do trabalho, com jornadas excessivas, pressões por metas abusivas, assédio moral e ameaça de demissão estão adoecendo mentalmente os trabalhadores, trazendo prejuízos para toda a vida familiar e social.

Mas o que é exatamente estresse?

Podemos conceituar o stress como uma moderna patologia que causa uma total desorganização no âmbito psicológico, emocional, físico e afeta o nosso sistema imunológico. O fato de afetar o nosso sistema imunológico é muito importante, isso por que promove uma suscetibilidade a desenvolvimento de outras patologias, visto que ficamos menos resistentes a inúmeros agentes patológicos.

 Agora! O que difere tais vítimas de tais situações? É justamente a capacidade que cada um possa ter de se adaptar as situações por mais complexas e ruins sejam. Cada ser humano reage de uma maneira diante das variadas situações. O que pode ser extremamente estressante para um pode não significar nada para outro. O estresse laboral independe do nível intelectual do trabalhador e do cargo que ele ocupa na Empresa. Depende do autoconhecimento, o individuo estressado é plenamente desfocado de si sente-se perdido, procura no externo o que está dentro de si mesmo, por isso a necessidade de autoconhecimento, pois sem autoconhecimento a fragilidade emocional é provocada, portanto é necessário saber meus limites, minhas fraquezas, preciso saber me planejar, organizar, enfim me conhecer, pois só me conhecendo vou saber minhas limitações e minhas capacidades.

Entre os fatores estressores podemos citar:

  • A falta do controle de trabalho, ou seja, da participação do trabalhador na determinação da própria rotina;
  • A inexistência ou deficiência do suporte social, isto é, o auxílio de supervisores e colegas durante a execução das tarefas;
  • O sofrimento proveniente do conteúdo e carga de trabalho;
  • Ameaça de desemprego;
  • Responsabilidade, acima da capacidade do trabalhador, pela vida e bem-estar de outras pessoas;
  • Desconforto ambiental (ruído elevado, iluminação inadequada, pouco espaço, temperatura elevada ou baixa, excesso de pessoas, etc.);
  • Baixa complexidade do trabalho, caracterizado por atividades repetitivas ou monótonas ou alta complexidade, gerando sentimento de incapacidade.

Alguns sintomas que podem indicar o estresse ocupacional:

- Esgotamento emocional, com diminuição da capacidade física e mental;
- Desenvolvimento de atitudes negativas, de insensibilidade ou descontrole agressivo ;
- Sensações emocionais desencorajadoras, como: falta de realização pessoal, tendência a desvalorizar  o próprio trabalho, sentimentos de vazio, esgotamento, impotência, baixa auto-estima;
- Irritabilidade freqüente, inquietude, dificuldade para a concentração, baixa tolerância a frustração, comportamento paranóide ou agressivo;
- Manifestações físicas de fundo psicossomático com fadiga crônica, dores de cabeça freqüentes, insônia ou hipersonia, hipertensão arterial, desordens cardíacas e gastrintestinais entre tantas outras;
- Manifestações comportamentais compulsivas, como o consumo aumentado de café, álcool ou drogas,
- Distanciamento afetivo dos clientes e companheiros,
- Baixo rendimento pessoal e,
- Freqüentes conflitos interpessoais no ambiente de trabalho e dentro da própria família.

É importante ressaltar que apesar da vida cotidiana ter proporção e ritmo elevado é necessário que o ser humano consiga lidar com o estresse porque não há como eliminá-lo. Apenas saber lidar com esse sintoma. Quando ocorre o excesso de estresse dentro das organizações os colaboradores e a empresa correm risco de presenciar sérios problemas. Pode-se citar como fatores negativos a baixa produtividade, mudança de humor, índice de absenteísmo, insatisfação, impaciência, instabilidade emocional, alcoolismo, droga, acidentes de trabalho, irritabilidade, conflitos interpessoais.

O estresse ocupacional pode ser responsável por boa parte dos gastos anuais das empresas por gerar queda na produtividade devido também às faltas no trabalho, pagamentos de horas-extras, desperdício de material de trabalho, além de custos elevados com assistência médica.

Lidar com o estresse no trabalho compreende um esforço conjunto da Empresa  e de profissionais habilitados em combaterem esse distúrbio. Esta união poderá ajudar o indivíduo afetado e que não consegue, por recursos próprios, enfrentar a situação.

Algumas empresas estão investindo no seu colaborador, pois este é o seu maior capital, estão buscando a intervenção Psicológica para combater o estresse, os benefícios com a prevenção do estresse no trabalho relacionam-se diretamente com o aumento da produtividade e, conseqüentemente, dos lucros.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

QUANDO PROCURAR UM PSICÓLOGO

  
A Psicologia com suas técnicas científicas pode realmente ajudar as pessoas a viverem melhor, pois o objetivo maior é o autoconhecimento. É preciso deixar claro que quando se procura um profissional, ele não está lá para dar conselhos, julgar, dizer se você está certo ou errado, mas sim para pensar junto e ajudá-lo a chegar na essência de quem você realmente é.
 
O importante é procurar um profissional com sensibilidade para entender sua dor e que lhe faça sentir acolhido.

Procurar ajuda terapêutica é um sinal de coragem e maturidade.

Mas infelizmente, o preconceito faz com que muitos deixem de se beneficiar do trabalho terapêutico, pois participar deste processo ainda é considerado “coisa de louco”, quando na realidade, a alienação de si mesmo é que se torna o maior gerador de conflitos.

Hoje é qualidade de vida!

PROCURAR UM PSICÓLOGO QUANDO SENTIR:

- angústia
- tristeza profunda e prolongada
- doenças/sintomas freqüentes
- conflitos nos relacionamentos
- agressividade
- vítima de maus-tratos
- abuso físico, sexual e psicológico na infância
- pesadelos freqüentes
- necessidade excessiva de agradar
- busca incessante de aprovação e reconhecimento
- não saber lidar com as próprias emoções, nem tem controle das mesmas
- insegurança
- auto-estima baixa
- falta de amor-próprio
- necessidade em elevar o autoconhecimento
- ou qualquer sentimento ou situação que não saiba como lidar

 BENEFÍCIOS AUTOCONHECIMENTO:
- maior controle emocional
- consciência maior das origens dos comportamentos
- ausência conflitos emocionais
- melhor relação consigo mesmo e com os outros
- equilíbrio razão X emoção
- necessidade de aprovação, reconhecimento e/agradar diminuem
- auto-estima e amor-próprio aumentam
- paz interior