pais ficam sem reação quando as crianças fazem aquelas
perguntas, considerados por eles, constrangedoras. O que fazer? Como quebrar
esse tabu?
Primeiro fique calma (o), cada pessoa
tem sua maneira de lidar com o assunto, uns pais mais naturalmente, outros mais
embaraçados. Não importa qual a sua, o que importa é sempre falar a verdade,
colocando o ponto final na frase segundo a capacidade cognitiva de seu filho, ou
seja, sua capacidade de entendimento. Devemos buscar responder dentro do
universo verbal da criança, precisamente o que perguntou, sem ir além do
necessário
A apreensão demonstrada pelos
pais pode ser notada pela criança, que poderá sentir-se insegura para falar
sobre o assunto no futuro. Embora não exista receita para esse tipo de
situação, vai algumas dicas para auxiliar os pais:
1 - Não fuja das perguntas que
eles fazem;
2 - Procure saber o que a criança
sabe sobre o tema
3 - Responda com franqueza, mas somente
aquilo que a criança pergunta;
4 - Busque responder dentro do
universo verbal da criança,
5 - Tenha cuidado com o que fala,
respeite a idade e a percepção da criança;
6 - Não force a barra se o filho
não quiser falar sobre sexo, espere ele questionar;
7 - Construa desde a infância uma
relação baseada na confiança e na verdade.
8 - Busque tratar do assunto com
muita naturalidade, entendendo que é um processo normal;
Somos sabedores que há momentos
em que fica complicado esclarecer a uma criança as complexidades da vida e do
comportamento humano, mas sempre dá para descobrir uma explicação que satisfaça
a curiosidade infantil sem originar traumas ao infante ou deixar o adulto
incomodado. A primeira regra é sempre falar a verdade.
Quando os pais devem iniciar a conversa sobre sexo com as crianças?
Não há uma idade exata para
conversar com a criança sobre esse assunto. O “ideal” é que os pais estejam
atentos à curiosidade da criança e à capacidade cognitiva dela, ou seja, o
quanto ela deseja saber sobre o tema e até onde ela conseguirá compreender.
Portanto, é a criança quem vai sinalizar, quando chega à primeira pergunta.
Normalmente quando a família resolve
falar com a criança sobre sexo antes que ela própria esteja disposta a
entender, vai haver um atropelamento de interesses e, possivelmente, a criança
não apresentará interesse sobre o assunto por muito tempo (não dará ouvidos
para o assunto).
Cabe salientar que a conversa de
sexo com as crianças não precisa ser careta ou repressiva e principalmente é
preciso respeitar a curiosidade e a capacidade de compreensão da criança.
Como deve ser esse diálogo? Qual a importância disso?
Ao contrário do que muitos pensam
o tema "sexo" não precisa ser proibido e pode ser abordado com
naturalidade. É importante para a formação dos filhos, que os pais respeitem o
interesse sobre o assunto.
A erotização do assunto está na
cabeça do adulto, os adultos que fazem disso um tabu porque vêem a questão
sexual de forma erótica e não como parte de uma necessidade natural do ser
humano.
Falar de sexo com os filhos
faz parte de um relacionamento saudável entre as famílias. A conversa aberta é
sempre importante entre pais e filhos ela colabora para aproximar a família. Se
desde pequeno os pais tentam compreender e orientar a criança, os vínculos
estarão mais fortalecidos e os pais serão vistos como fonte de confiança.
É imprescindível é abordar o
assunto com muita naturalidade, entendendo que é um processo normal.
O diálogo é a melhor forma de
evitar problemas futuros, como doenças sexualmente transmissíveis e gravidez
indesejada.
Como os pais devem agir quando as crianças ficam mexendo nas regiões
genitais? Como eles devem repreender quando isso acontece na frente de outras
pessoas?
É importante que a criança,
que deseja, tenha esse experimento de conhecer a si mesma. O contato com o
próprio corpo faz parte da descoberta infantil e do aprendizado. Frases como
"tira a mão daí", "isso é sujo", "isso é feio", precisam
ser evitadas.
A situação muitas vezes pode até
ser constrangedora, sobretudo quando ocorre na frente de pessoas não tão
íntimas, mas fazer alarde só estimulará o ato. Respire fundo e explique que existe
local certo para fazer isso, sozinho, e não na frente dos outros, ato que ao
deve ser feito de maneira repressiva, mas com base em diálogos e estabelecimento
de limites.
A repressão nunca é a
melhor forma de educar, ainda mais se for uma criança. Proibição pode, até
mesmo, estimular a ir de encontro com o que foi dito pelos pais.
Quando o banho com a mãe ou pai se torna um problema? Isso desperta a
sexualidade da criança mais cedo?
O banho com o papai ou a mamãe
pode ser legal, mas só se o adulto se sentir à vontade, o que vai depender da
cultura da família. O banho junto se torna um problema quando incomoda muito o
adulto, este pode transmitir a idéia de que tem algo de estranho, ruim ou feio,
que, quem sabe, nem poderia ocorrer. Temos que estar atento ao dito e ao não
dito, ou seja, as atitudes transmitem mensagens.
Tomar banho com um adulto não
desperta a sexualidade, a erotização, porém aumenta a curiosidade em relação às
variações corporais de meninas e meninos. Este é o momento de você esclarecer
que algumas alterações hormonais vão acontecer no corpo dele para prepará-lo
para a idade adulta. Muitas vezes cabe até usar desenhos didáticos para isso, além
de uma conversa divertida, o diálogo vai abrandar o interesse da criança.
Com o crescimento, ela mesma não
vai querer mais tomar banho com os pais.
O que dizer quando a criança pergunta “O que é camisinha?”, ou até
mesmo algo relacionado a sexualidade
É essencial, antes de desprender
a falar, buscar saber o que a criança sabe sobre o assunto. Muitas vezes a
criança se satisfaz com uma resposta curta, sem muitos detalhes, porém, caso
isso não aconteça, é preciso haver espaço para questionar mais, a naturalidade
dos adultos no momento da conversa deixa a criança à vontade para fazer outras
perguntas e matar a curiosidade. Além disso, é importante usar uma linguagem compreensível
e responder a tudo.
A pergunta aponta uma inquietação
da criança e necessita ser explicada, no entanto, se você perceber que não vai
conseguir dar uma resposta na hora, sugiro que diga a criança que precisa
pensar e que voltará a falar com ele mais tarde.
Não esqueça, satisfazer a curiosidade
da criança é fundamental; A resposta deve ser dada com clareza, em poucas
palavras, sem explicações complexas. Neste caso, o simples é o ideal
Tem pais que ainda evitam falar sobre qualquer assunto relacionado a
sexualidade. Quais os prejuízos disso no futuro?
Discutir o assunto dentro de casa
só traz benefícios, pois informa a criança e, por conseguinte, a tornar mais
preparada para lidar com a própria sexualidade.
Esse fato foi confirmado por um
estudo realizado pelo departamento de pediatria da Universidade de Montreal, no
Canadá. A pesquisa apontou que filhos que dialogam com os pais sobre sexo
tendem a iniciar a relações sexuais mais tarde, e ainda a apresentarem menos
parceiros durante a vida. Entretanto, os jovens que não discutem com os pais o
assunto, são duas vezes mais sexualmente ativos, além de apresentarem mais
probabilidade de praticar o ato com parceiros aleatórios.
Entrevista concedida ao Jornal O Jacuí, edição do dia 25/08/2012
Entrevista concedida ao Jornal O Jacuí, edição do dia 25/08/2012
JOSELAINE GARCIA
Psicóloga e Hipnóloga
CRP 07/18433 e SIAHC 1488
Pós Graduada em Docência Universitária
Credenciada ao Instituto Brasileiro de Hipnologia
Membro da Sociedade Ibero-Americana de Hipnose
Condicionativa
Consultório Psicológico em Cruz Alta - RS
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Prêmios recebidos
* Psicóloga Destaque
Região Sul 2012 (RS, PR, SC) – Prêmio Master Sul Brasil 2012, conforme
pesquisa da Empresa Master Pesquisas.
* Psicóloga
Destaque Estadual 2012, Troféu Master Estadual 2012, conforme pesquisa
da Empresa Master Pesquisas.
* Psicóloga
Destaque Municipal 2012, no município de Cruz Alta/RS, Conforme pesquisa
pública realizada pela empresa Ouro Pesquisa e Publicidade.
* Psicóloga
Destaque Municipal 2011, no município de Cruz Alta/RS, conforme pesquisa
pública da Sul Pesquisas, realizada no município de Cruz Alta – RS
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