O consumo de álcool começa em média aos 12 anos, e muitas vezes no próprio lar. Muitos desses jovens vêem os pais embriagados. Estes dados reforçam a idéia de que a bebida alcoólica faz parte do universo do adolescente e dos adultos cotidianamente, sendo seu abuso tolerado e muitas vezes não combatido até que as conseqüências se tornam tão visíveis que não se pode ignorá-las.
Essas conseqüências no adolescente são principalmente:
- Diminuição do aproveitamento escolar.
- Perda do interesse em atividades próprias da idade como namorar, pratica de esportes.
- Crises de ansiedade, pânico e quadros depressivos.
- Alterações orgânicas importantes, tanto neurológicas, quanto do fígado e pâncreas.
- Ganho de peso
É imprescindível a atenção dos pais e das instituições de ensino ao comportamento do jovem e seu grupo de amigos.
Caso seja diagnosticado no jovem um problema ligado ao consumo excessivo de álcool, o primeiro passo para o tratamento é uma mudança dos hábitos familiares do consumo de bebidas: é necessário que o álcool se torne menos presente no cotidiano dessa família e conseqüentemente desse adolescente.
É essencial que esse jovem repense sua relação com o álcool, e o melhor caminho para isso é sempre um processo psicoterápico de qualidade, seja individual ou em grupo.
O processo psicoterápico é de grande valia para o entendimento da relação entre o grupo ao qual esse adolescente pertence e o álcool, e mais que isso qual a importância desta substancia nas suas relações interpessoais. Num segundo momento a psicoterapia pode ajudar em muito esse jovem a entender e modificar a sua relação pessoal com o álcool.
A mudar essa relação com o álcool e o conseqüente entendimento do efeito desta substancia, como elemento presente nas relações interpessoais , leva inevitavelmente à mudança de conduta frente ao consumo da bebida.
Fonte: Dr. Diego Amadeu Batista Bragante
(Psicólogo, CRP 06/74506)
http://www.medicinadocomportamento.com.br/textos_temaslivres9.php
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