A infância é um período onde se constrói o companheirismo, a confiança e o respeito entre pais e filhos. A comunicação é de extrema importância nesta construção. Quando esses fatores falham ou ocorrem de maneira inadequada, essa criança chega à adolescência desestruturada, podendo assim, proporcionar motivos para levá-lo à solidão.
Solidão é um sentimento próprio da vida humana, e não denota algo doentio. O ser humano, do ponto de vista do mundo imaginário, das emoções, dos sentimentos e das decisões, acaba sendo uma “criatura” solitária, tendo em vista que tudo depende só dele.
Adolescência é um estágio da vida que estas vivências brotam intensamente. Alguns adolescentes são atravessados por uma sensação de solidão e vazio e, que pode conduzir a sofrimento psíquico como ansiedade e depressão.
A solidão costuma aceirar o adolescente. Neste período da vida o mundo interno e o externo podem ser aterrorizantes. Ele encontra-se num momento de transformação, de passagem, onde procura novos espaços, novas descobertas, ou seja, esta formando sua identidade.
A visível empáfia, a onipotência, a arrogância, a brabeza e a “birra” tentam encobrir a fragilidade e a solidão deste momento da vida.
Muitas vezes a saída que buscam para resolver estes sentimentos de vazio e solidão é o cigarro, o álcool, a maconha, a cocaína, o sexo desregrado e as violências grupais.
É claro que existem formas mais benéficas para se encarar esta angústia causada pelo sentimento de solidão. Uma forma de “gozar” isto é ter o conhecimento de que precisamos nos sentir só, com certo vazio, para “crescermos na vida”, amigos, família, trabalho, esportes, leitura, estudos, e namoro são ótimos remédios para se enfrentar e aguardar que esta solidão se dilua.
É difícil atravessar a adolescência, sem deixar que a solidão impregne suas profundas marcas no psíquico do jovem, de forma a construir negativamente seu caráter, distanciando-o das suas raízes familiares e destruindo, na maioria das vezes, uma construção psíquica e cultural proposta desde os primeiros dias da infância, pelos pais e pela sociedade a qual pertencem.
Para findar, os pais são os que têm mais condições para abrandar estas ansiedades dos filhos. Como fazer isso? Com uma boa conversa com franqueza e respeito, colocando limites quando necessário e assumindo o papel de pais não ficando no papel de “amiguinhos” dos filhos.
Para findar, os pais são os que têm mais condições para abrandar estas ansiedades dos filhos. Como fazer isso? Com uma boa conversa com franqueza e respeito, colocando limites quando necessário e assumindo o papel de pais não ficando no papel de “amiguinhos” dos filhos.
Joselaine de Fátima G. Garcia
Psicóloga, CRP07/18433
Especializando em Docência Universitária
Consultório Psicológico em Cruz Alta/RS
Rua Barão do Rio Branco 1701, sala 101
Fone (55) 9167-7928
O adoecimento emocional/mental tem um alto custo, individual e social. Pode causar mortes, ou ocasionar depressões, ansiedades, irritações, insônia e agressividade. Assim como sabotar relacionamentos, destruir famílias, causar perdas de emprego. Precisamos de coragem e humildade para procurar ajuda, de um psicólogo e/ou psiquiatra, quando necessário.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
-ARIÉS, P. História social da criança e da família. 2². ed. Rio de Janeiro: Editora LTC, 1981.
-D’ANDREA, F.F. Desenvolvimento da personalidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2006.
-LEVY, R. O adolescente. IN: EIZIRIK, C.L. et.al.(org.) O ciclo da vida humana: uma perspectiva psicodinâmica. São Paulo: Artmed, 2001.
-MICELI, M. Sentir-se só. São Paulo: Paulinas, 2006.
-MOSSATO, Nivaldo www.nivaldomossato.com.br
TROMBINI, Nélio www.psicobreve.com.br
-OUTEIRAL, J. Adolescer. 3ª ed. Rio de Janeiro: Revinter, 2008.
Muito bom seu artigo. A linguagem é acessível e alcança facilmente a compreensão sobre o tema desenvolvido.
ResponderExcluirParabéns pelo blog.
Gostei de ler,tudo muito interessante.Parabéns.
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