A boa mãe é aquela que vai se tornando desnecessária com o passar do tempo.
Sei que às vezes há uma luta interna enorme para controlar a supermãe que todas temos dentro de nós. Mas mãe, se você fez seu trabalho direito, tem que se tornar desnecessária.
Ser “desnecessária” é não deixar que o amor incondicional de mãe, que sempre existirá, provoque vício e dependência nos filhos, como uma droga, a ponto de eles não conseguirem ser autônomos, confiantes e independentes, prontos para traçar seu rumo, fazer suas escolhas, superar suas frustrações e cometer os próprios erros também.
A cada fase da vida, vamos cortando e refazendo o cordão umbilical. A cada nova fase, uma nova perda é um novo ganho, para os dois lados, mãe e filho. Porque o amor é um processo de libertação permanente e esse vínculo não para de se transformar ao longo da vida, até o dia em que os filhos se tornam adultos, constituem a própria família e recomeçam o ciclo.
Mãezinha! O que eles precisam é ter certeza de que estamos lá, firmes, na concordância ou na divergência, no sucesso ou no fracasso, com o peito aberto para o aconchego, o abraço apertado, o conforto nas horas difíceis.
Ao aprendermos a ser “desnecessários”, nos transformamos em porto seguro para quando eles decidirem atracar.
Joselaine Garcia
Psicóloga - CRP 07 18433
cel: (55) 9167-7928
Cruz Alta - RS
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