quarta-feira, 25 de maio de 2011

POLÊMICA – KIT ANTI-HOMOFOBIA


Psicóloga Joselaine Garcia
CRP 07/18433
 

O material, elaborado para combater o preconceito em instituições de ensino, O kit anti-homofobia do Ministério da Educação (MEC), tem provocado muita polêmica. 






O kit que estava sendo analisado pelo MEC faz parte do programa Escola Sem Homofobia, do Governo Federal, e contém material didático-pedagógico direcionado aos professores. O objetivo era dar subsídios para que eles abordem temas relacionados à homossexualidade com alunos do ensino médio.

A preocupação das pessoas que estão envolvidas nesse cenário é a didática do material colocado, segundo algumas opiniões a didática é muito agressiva.

As ultimas noticias relatam que a Presidente Dilma mandou suspender tal projeto presidente achou vídeo 'inapropriado',

"Não se trata de recuo. Se trata de um processo de consulta que o governo passará a fazer, como faz em outros temas também, porque isso é parte vigente da democracia",

Realmente é necessário adotar alguns cuidados para que a dosagem do antídoto não seja mais forte do que aquilo que o sujeito quer e necessita.

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 Análise do assunto que estava ou ainda continuará em questão, ao certo o desfecho não sabemos, então vamos aos fatos!
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Embora a homossexualidade exista desde a Grécia antiga, a relação entre duas pessoas do mesmo gênero ainda é tratada como um desvio de comportamento por grande parte da sociedade.



Para esse enfrentamento o MEC lançou o projeto Escola Sem Homofobia





Não tive acesso a tais videos e materiais, até porque ainda estão em análise, mas sei que uma comissão de psicólogos e especialistas se debruçaram sobre o material para avaliar a qualidade técnica, didática e pedagógica dos vídeos e textos e a adequação do conteúdo à faixa etária do público que o receberá.

Segundo eles, os filmes e livretos que abordam conflitos de adolescentes em relação à sexualidade têm linguagem correta para os alunos que serão alvos do projeto e trata de forma cuidadosa os temas. Eles também, afirmam que não existe a possibilidade de que os vídeos influenciem a orientação sexual dos alunos

Trechos do parecer técnico emitido pelo conselho:

 “Os materiais apresentados para o Projeto Escola Sem Homofobia estão adequados às faixas etárias e de desenvolvimento afetivo-cognitivo a que se destinam, com linguagem contemporânea e de acordo com a problemática enfrentada na escola na atualidade.”

“A discussão principal sobre o tema refere-se à necessidade de tratar preconceitos e discriminações que refletem uma violência (verbal, simbólica) reverberando nos espaços de convivência escolar”,

“Acerca da polêmica criada sobre o material, em especial os vídeos, e a possibilidade de influenciar a orientação sexual dos demais alunos, a partir dos conceitos centrais e cientificamente históricos da Psicologia, entendemos que o material não induz o corpo discente e mesmo docente à prática da homossexualidade. Pelo contrário, possibilita que professores e alunos trabalhem o tema diferenciando o que é da ordem da heterossexualidade e da homossexualidade.”

Site para acesso ao Parecer técnico na integra:
 http://www.pol.org.br/pol/export/sites/default/pol/noticias/noticiaDocumentos/parecer_tecnico_projeto_escola_sem_homofobia.pdf

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No fazer psicologico, diferentes pautas se atravessam, dentre elas, a questão da sexualidade.

Homossexualidade, tanto quanto a heterossexualidade, são posições igualmente legítimas.

Somo sabedores que: o que leva ao sofrimento não é a sexualidade em si, mas a discriminação e o preconceito a que a pessoa está sujeita, quando percebe que a sua forma de viver a sexualidade não é socialmente aceita.

Em decorrência de sua preferência sexual, a pessoa pode estar exposta às diversas manifestações do preconceito que vão desde as formas mais sutis de violência, tais como olhares curiosos, risos e comentários indevidos, às mais violentas e escancaradas: maus-tratos, espancamento e até a morte.

A chamada "orientação sexual" não é algo que se mude, pois faz parte integrante do sujeito e é resultado de um longo caminho pulsional que não possui uma rota pré-estabelecida e muito menos um objeto único o qual todos deveriam almejar.

O que determina a maneira como o sujeito vai experimentar a sua sexualidade é a interação de inúmeros fatores psicossociais, a  forma como cada um vive a sua sexualidade faz parte da identidade do sujeito, a qual deve ser compreendida na sua totalidade.

É mister o enfrentamento de todas as violências e opressões, é preciso inventar novas estratégias, novas práticas diferenciadas, que possam romper com o modelo dicotômico e punitivo e levar a um  olhar mais amplo. Não me refiro aqui somente a questão frente à sexualidade, mas a todas a questões que abarcam a exclusão social.

É imprescindivel projetos que tragam a baila os preconceitos sociais que abarcam a sociedade brasileira e que se manifestam também, além da homofobia, no racismo, na violência contra os pobres, às pessoas com deficiência, às pessoas com sofrimento mental, enfim os múltiplos segmentos que são excluídos e violentados em seus direitos sociais e humanos. 

Mas é indispensável sempre ter o cuidado de não exagerar na dose, como já disse anteriormente, é necessário adotar alguns cuidados para que a dosagem do antídoto não seja mais forte do que aquilo que o sujeito quer e necessita.

Joselaine de Fátima G. Garcia
Psicóloga, CRP07/18433
Especializando em Docência Universitária
Consultório Psicológico em Cruz Alta/RS
Rua Barão do Rio Branco 1701, sala 101
Fone (55) 9167-7928

Referencias:




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