Todo mundo irá passar por um momento de luto. Pode ser a perda de um ente querido, mas pode ser também um divórcio, uma demissão, enfim, perdas... E temos que estar preparados para enfrentarmos a dor e a frustração.
O luto nada mais é do um conjunto de mobilização psíquica após a perda de algo valorizado por nós.
Cada pessoa reage de forma diferente a perda: umas são rápidas na construção desta nova etapa de vida e outras mais lentas. Não tem certo nem errado, cada um é cada um.
O luto pode ser considerado normal:
Quando a família consegue aceitar a perda definitiva, aceitar as mudanças no núcleo familiar, falar sobre o assunto como algo importante que está guardado para sempre no coração e quando a dor se transforma numa “doce saudade”.
O luto patológico apresenta:
Um medo exagerado de morrer,
agressividade,
sintomas de identificação (sentimentos iguais aos do morto),
depressão ou ansiedade persistentes,
culpa e/ou raiva exacerbadas,
nenhuma expectativa ou planos de futuro.
Nesta nova etapa teremos que criar novas habilidades, ou seja, fazer coisas de maneira solitária que antes fazíamos juntos ou encarar algumas coisas que nunca tínhamos feito por que era realizado pelo outro.
A Tanatologia - ciência que se ocupa da morte e dos problemas com ela relacionados (palavra de origem grega: Tanathos - o deus da morte e Logia – ciência) – descreve quatro fases do luto:
1. Negação: Como o próprio nome diz, nega-se o ocorrido. È a fase do choque, não acreditamos, achamos que pode ser revertido a qualquer momento.
2. Raiva: Aqui achamos que todos tiveram culpa com a perda: médicos ruins, enfermeiras ineficientes, etc. E o enlutado sente raiva de todos!
3. Depressão: é quando começamos a entrar em contato com a perda e sofremos muito. Pensamos na perda no chuveiro, no trabalho, o tempo todo...
4. Aceitação: esta é a última fase em que reconstruímos a nova vida sem o objeto perdido. Na verdade, arregaçamos a manga e encaramos os novos obstáculos.
È importante entender as fases que o enlutado vai passar para que reconheçamos as reações emocionais de cada momento.
Atenção: se este momento estiver passando dos seis meses com muito choro e dificuldades em fazer coisas do dia a dia, procure um especialista.
Joselaine de Fátima G. Garcia
Psicóloga, CRP07/18433
Especializando em Docência Universitária
Consultório Psicológico em Cruz Alta/RS
Rua Barão do Rio Branco 1701, sala 101
Fone (55) 9167-7928
O adoecimento emocional tem um alto custo, individual e social. Pode causar mortes, ou ocasionar depressões, ansiedades, irritações, insônia e agressividade. Assim como sabotar relacionamentos, destruir famílias, causar perdas de emprego. Precisamos de coragem e humildade para procurar ajuda, de um psicólogo e/ou psiquiatra, quando necessário.
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