quarta-feira, 14 de agosto de 2013

FIGURA PATERNA!

Psicóloga Joselaine Garcia
Entrevista para Jornal Diário Serrano - Cruz Alta/RS



Entrevista concedida ao Jornal Diário Serrano, ed. do dia 04 de agosto de 2013.








- QUAL O SIGNIFICADO DA FIGURA PATERNA PARA UMA CRIANÇA?

O pai é a lei, o limite, a realidade, ou seja, ele é o responsável pela inserção da noção de lei, de limite, isso permite que o sujeito entenda e internalize as necessidades sociais e, assim, tenha mais facilidade em lidar com as situações difíceis, principalmente aquelas que envolvem frustração.
O pai é o primeiro outro que a criança encontra fora do ventre da mãe, é ele que vai servir como suporte e apoio, possibilitando o desprendimento da mãe e a passagem do mundo da família para o mundo da sociedade. A figura paterna é a que permite à criança entrar num horizonte de novas possibilidades.
Estudos mostram que o pai também cumpre um papel importante em construir a auto-estima da criança. Ele é importante também para desenvolver nas crianças limites interno e controle.
Destarte, podemos dizer que o pai tem um papel muito importante na vida da criança, associado à sua socialização e independência. O pai permite à criança ir mais longe e explorar o desconhecido, como diz Montgomery (2005, p.124): "O amor de pai liberta”.

- A FALTA DO PAI PODE CAUSAR ALGUM PROBLEMA EMOCIONAL, PSICOLÓGICO OU SOCIAL NA VIDA DELA?

A figura paterna é muito importante para o desenvolvimento da personalidade e a sua ausência tanto a nível físico como emocional pode trazer danos ao desenvolvimento psicológico. Criança ou adulto, filhos precisam das referências dos pais, sem elas tendem a enxergar os relacionamentos humanos com certo despreparo e como algo negativo
Doenças cognitivas, obesidade, desnutrição, dificuldades de aprendizagem, tiques nervosos, tristeza, apatia, agressividade, problemas afetivos, depressão, transtornos sexuais, são alguns dos traumas carregados pela ausência dos pais.

- O QUE FAZER QUANDO NÃO É POSSÍVEL FAZER COM QUE O PAI SEJA PRESENTE?

Primeiro deve-se avaliar cada caso, citarei aqui alguns casos e algumas sugestões:
Quando o pai não pode estar presente em virtude da falta de tempo ou está ausente devido à separação do casal:
- Busque melhorar a qualidade do tempo que passa com seus filhos. Se tiver duas horas por dia para ficar com eles, dedique-se apenas a isso neste período;
- Quando a presença física é impossível tente se fazer presente emocionalmente: Telefonar, deixar bilhetes e fazer surpresas pode ser uma boa saída.
- Justifique a ausência com uma conversa franca, quando os filhos são mais velhos; Quando pequenos, não delegue funções a estranhos; tente mostrar que você faz parte da vida da criança, mesmo sem tanto tempo para isso.

Quando a falta paterna é devido a falecimento ou o abandono paterno, outra pessoa pode desempenhar certas funções paternas, pois quando se fala em função paterna, não estamos nos referindo especificamente ao pai biológico, mas também aquele que de certa forma assume essa função na vida da criança, podendo ser o avô, o tio, ou até mesmo a mãe.


- COMO CONTORNAR OS PROBLEMAS CAUSADOS PELA AUSÊNCIA DO MESMO?

O pai é o representante dos limites, é o que vem quebrar a simbiose mãe-bebê. No entanto, "a figura do pai" pode ser representada por outras pessoas, mesmo do sexo feminino. Na falta da figura paterna, cabe a mãe gerir a ausência do pai, de maneira a não prejudicar sua imagem, tão importante para a constituição do caráter da criança, algumas mães conseguem determinar limites com muito sucesso.
Já a ausência do pai, como modelo, a mãe deve procurar por alguém que possa representar a figura paterna, pois essa falta pode trazer uma série de fantasias e conseqüências, mais ou menos sérias, dependendo do convívio da criança com outras figuras masculinas. Se a criança tiver uma grande número de figuras masculinas para se identificar, o problema se dissolve um pouco. Caso não tenha, se o convívio for apenas com a mãe ou com figuras femininas, o problema aumenta, na medida em que não tem modelos para se projetar. A criança, no entanto, pode ir pegando esses modelos com seus amigos, com os pais dos amigos. 
Deste modo, proporcione à criança a presença de uma figura masculina: um avô, um tio ou mesmo um amigo confiável, mesmo que o contato seja esporádico. O importante é que haja muito envolvimento afetivo, atenção, carinho e amor.

- A CRIANÇA QUE NÃO TEM UMA BOA REFERÊNCIA DE PAI, ACABA SE TORNANDO UM PAI/MÃE MELHOR OU PIOR?

Cada pessoa reagirá a essa experiência com o seu padrão relacional, ou seja, é, seu modo próprio de ser, constituído a partir de sua história de vida que originou um sistema interno de valores e crenças sobre relacionamento afetivo. A atuação do inconsciente está presente o tempo todo ao longo de nossa vida, interferindo em cada processo psíquico, em menor ou maior grau.

JOSELAINE GARCIA
Psicóloga e Hipnóloga
CRP 07/18433 e SIAHC 1488
Pós Graduada em Docência Universitária
Hipnóloga credenciada ao Instituto Brasileiro de Hipnologia e
Membro da Sociedade Ibero-Americana de Hipnose Condicionativa
Consultório Psicológico em Cruz Alta - RS

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Prêmios recebidos

* Psicóloga Destaque Estadual, Prêmio Master Estadual 2013, conforme pesquisa da Empresa Master Pesquisas.
* Psicóloga Destaque Mercosul, Prêmio Master Mercosul 2013, conforme pesquisa da Empresa Master Pesquisas.
Psicóloga Destaque Nacional, Prêmio Master Nacional Integrado 2012, conforme pesquisa da Empresa Master Pesquisas.
* Psicóloga Destaque Municipal 2012, no município de Cruz Alta/RS, Conforme pesquisa da Empresa Exclusiva Pesquisas.
* Consultório de Psicologia destaque na Região Sul do Brasil(RS, PR, SC), Prêmio Master Sul Brasil 2012, conforme pesquisa da Empresa Master Pesquisas.
Consultório de Psicologia destaque Estadual, Prêmio Master Estadual 2012, conforme pesquisa da Empresa Master Pesquisas.
Psicóloga Destaque Estadual 2012, Troféu Master Estadual 2012, conforme pesquisa da Empresa Master Pesquisas.
Psicóloga Destaque Municipal 2012, no município de Cruz Alta/RS, Conforme pesquisa da empresa Ouro Pesquisa e Publicidade.
Psicóloga Destaque Municipal 2011, no município de Cruz Alta/RS, conforme pesquisa da Empresa Sul Pesquisas.

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