quinta-feira, 20 de março de 2014

A MULHER E SEUS "SUPER PODERES"

Psicóloga Joselaine Garcia
Entrevista ao Jornal Diário Serrano, ed do dia 08 de março de 2014

Assunto: A mulher e seus "super poderes"

Antes, as mulheres tinham papéis específicos na sociedade: nasciam para serem filhas exemplares e, mais tarde, esposas, donas de casa e mães dedicadas. Passados alguns séculos a mulher passou a buscar a igualdade de gêneros e a conquistar seu espaço no mercado de trabalho. Essa mudança, trouxe que benefícios para as mulher? Há alguma dificuldade nesta trajetória diária?

Quando falamos da mulher moderna pensamos em possibilidades, emancipação, autonomia, campos onde pode se reconhecer e ser reconhecida pelo seu trabalho, essas são algumas reflexões que podemos ter acerca dos ganhos desta “super mulher”, no entanto palavras como Contradições, ambiguidades, frustrações, culpas, também fazem parte da reflexão deste “mundo” feminino.
Os novos papéis assumidos e as exigências advindas com eles interferiram de maneira significativa no dia-a-dia da mulher, ela deixa seu papel de simples reprodutora e volta seus olhares para funções mais preponderantes dentro da sociedade, buscando ascensão financeira desgarrada da via única do casamento.
Essa mudança trouxe muitos benefícios, dentre eles podemos citar a possibilidade da mulher poder desenhar a direção de sua vida, ao conquistar a saída de casa e poder escapar do determinismo social, a mulher se descobriu cidadã e sujeito de seu próprio desejo, ou seja, fazer escolhas com certa liberdade que até então não lhe era permitida. Se antes a mulher tinha pouca escolha, a saída para o mercado de trabalho, o advento da pílula anticoncepcional, entre outros, deram-lhe um poder de decisão e um universo de escolhas.
No entanto com esse universo de escolha surge assim a priorização de uma ou outra atribuição, ocasionando possíveis crises e dúvidas sobre sua identidade feminina. O sofrimento psíquico pode ocorrer de um contíguo de situações de cunho psicológico, que produz sintomas no corpo e nas emoções.
A progressiva conquista de novos lugares e papéis femininos trouxe uma infinidade de ganhos que, como não poderia deixar de ser, teve seu preço, ou seja, carrega em seu escopo à ambivalência entre o prazer de suas conquistas e o sofrimento da “não doação” em sua plenitude. Esta nova condição não é necessariamente boa nem ruim, pois vai depender de como cada mulher encara essa vivência.

Tudo seria lindo se as tarefas não tivessem se acumulado. Hoje, a maioria das mulheres é filha, mãe, esposa, dona de casa, profissional e ainda precisa cuidar da saúde e da aparência. Como a mulher moderna, deve lidar com essa sobrecarga?

Não existe uma receita de bolo, por isso, a mulher precisa encontrar dentro de si o que a torna feliz. Ela deve descobrir seus anseios, o que considera importante, buscar suas respostas, ou seja, a mulher deve buscar reconhecer seus desejos e suas limitações, é imprescindível estabelecer prioridades respeitando seus limites. Reconhecer os próprios limites é uma forma de respeitar a si própria e possibilita que você viva de maneira mais coesa e realista, não cobrando de si mais do que é capaz de proporcionar.

Como ela pode "contar" com o apoio da família? Esse apoio é fundamental?

Apoio muitas vezes é vital, destarte, pedir ajuda dos mais próximos não é sinal de fraqueza ou incompetência.
1.      Divida as tarefas, todo mundo ajuda, inclusive os pequenos, não se esqueça de incluir o maridão nessa.
2.      Quando necessário e possível, busque ajuda das avós, amigas, etc.
3.      Para não sobrecarregar-se com as tarefas em geral conte com pessoas de apoio, quando possível.

Mas lembre-se que o apoio principal é o seu mesmo, perceba que você não será perfeita, por mais que tente a “perfeição” é algo impossível de ser atingida e que a mulher (igualmente como o homem) possui limites que devem ser respeitados. Mais importante do que ser uma “super mulher” livre de falhas, é saber enfrentar seus compromissos com tranqüilidade e poder cuidar de maneira equilibrada dos diversos setores de sua vida.
Considerações finais.

A mulher colhe os frutos da própria emancipação. Ao ingressar no mercado de trabalho e passar a assumir responsabilidades cada vez mais pesadas, ela aglutina funções e não se esquiva das tarefas que sempre executou ao longo dos anos como a de ser mãe, esposa e dona de casa. As “super mulheres” enfrentam desafios e novas vivências ela enfrenta dificuldades, de forma mais evidente, por ter escolhido a luta, ao invés da resignação, portanto a “super mulher” que se empenha em viver é, portanto mais dividida do que a que enterra suas vontades e desejos.
“Super mulher” saiba que tudo na vida demanda dedicação e renúncia, dependendo da etapa e da disponibilidade possível. O que permite viver bem entre as jornadas que a mulher tem que enfrentar só pode ser uma real dimensão de paixão e não estar em nenhuma delas por obrigação, aceitando acima de tudo suas limitações.


Faça o seu melhor, mas sem exigir de você a perfeição!


JOSELAINE GARCIA
Psicóloga e Hipnóloga
CRP 07/18433 e SIAHC 1488
Pós Graduada em Docência Universitária
Hipnóloga credenciada ao Instituto Brasileiro de Hipnologia e
Membro da Sociedade Ibero-Americana de Hipnose Condicionativa
Consultório Psicológico em Cruz Alta - RS

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Prêmios recebidos em 2013
* Psicóloga Destaque Mercosul, Prêmio Master Mercosul 2013, conforme pesquisa da Empresa Master Pesquisas.
* Psicóloga Destaque Estadual, Prêmio Master Estadual 2013, conforme pesquisa da Empresa Master Pesquisas.
* Psicóloga Destaque Municipal 2013, no município de Cruz Alta/RS, Conforme pesquisa da Empresa Exclusiva Pesquisas

Prêmios recebidos em 2012
Psicóloga Destaque Nacional, Prêmio Master Nacional Integrado 2012, conforme pesquisa da Empresa Master Pesquisas.
* Consultório de Psicologia destaque na Região Sul do Brasil(RS, PR, SC), Prêmio Master Sul Brasil 2012, conforme pesquisa da Empresa Master Pesquisas.
Consultório de Psicologia destaque Estadual, Prêmio Master Estadual 2012, conforme pesquisa da Empresa Master Pesquisas.
Psicóloga Destaque Estadual 2012, Troféu Master Estadual 2012, conforme pesquisa da Empresa Master Pesquisas.
* Psicóloga Destaque Municipal 2012, no município de Cruz Alta/RS, Conforme pesquisa da Empresa Exclusiva Pesquisas.
Psicóloga Destaque Municipal 2012, no município de Cruz Alta/RS, Conforme pesquisa da empresa Ouro Pesquisa e Publicidade.

Prêmios recebidos em 2011
Psicóloga Destaque Municipal 2011, no município de Cruz Alta/RS, conforme pesquisa da Empresa Sul Pesquisas.


OUTONO: RENOVAÇÃO E AMADURECIMENTO


Entrevista que dei à
 Revista Vitalité para ed. - outono - 2013



No outono os jardins se preparam para uma nova florada. Os pássaros, os bichos se aninham, é um chamamento ao romantismo. É um convite ao amor.


Nietzsche postula que “o outono é mais estação da alma do que da natureza”. O outono nos remete para uma postura mais interiorizada. O clima pede mais cumplicidade, mais companheirismo. Tudo parece seguir em um tempo mais lento e de quietude. Fica um pouco da preguiça saudável.

No entanto, apesar de ser a estação que convida ao amor, os primeiros dias de outono, coincidem também com o final das férias, com a volta a rotina e para muitas pessoas representa desânimo e tristeza.

É no final das férias e durante o outono que se registra uma maior propensão para o aparecimento das depressões, os dias são “mais curtos” e os estímulos sociais decrescem, a baixa exposição à luz durante os dias mais curtos e escuros pode causar depressão, o que chamamos de depressão sazonal.

Segundo algumas pesquisas, do ponto de vista psicológico, os dias mais curtos e a falta de luz conduzem para uma atitude mais interiorizada, onde a energia é desviada para o mundo interno, propiciando a reflexão e produzindo espaço para uma avaliação do período atual e projetos futuros o que poderá levar a um sentimento de tristeza e frustração, destarte, há uma maior probabilidade para o aparecimento de depressões. Nesse período há mais pessoas apresentando sintomas como: tristeza, sensação de vazio, insatisfação, fadiga, perturbações do sono e do apetite, isto é, há uma alteração substancial do estado emocional da pessoa.

Outono é um período de mudança entre os extremos de temperatura. Ele chega logo após o verão, aquela estação de muita luz e em que nossas atuações se direcionam para o mundo externo. Não é à toa que para chegar a uma estação intermediária precisamos das "águas de março", como diz Jobim, “São as águas de março fechando o verão, é promessa de vida no meu coração", ou seja, uma chuva constante que vai refrescando o tempo aos poucos, dando fim ao brilho e a luz do verão.

Ainda que as águas pareçam dar fim ao melhor da festa do verão, na realidade, elas estão nos expondo que a vida segue e novas estações chegarão, a vida assim como as estações do ano é um constante devir com perdas e ganhos.

Toda estação do ano nos convida a novas posturas e nos proporciona uma série de aprendizados para a vida. O outono é um período recheado de significados que podem enriquecer nossas percepções.

Elucubre e abra-se ao abrolhar de um novo tempo, não é simples, nem fácil, ninguém disse que seria, porém também não é impossível. Como tudo na natureza, nossos processos de mudança necessitam de tempo para se estabelecerem. Tempo para ir amadurecendo, Calmamente, reflita sobre os pesos inúteis que podem estar retardando seu caminhar, vá se desapegando e deixando ir. Vale a pena se libertar para deixar nascer um novo tempo.
Comece a estação mais romântica do ano, se apaixonando por você, se trate bem, se cuide, vibre pelos seus sucessos, corra atrás dos seus sonhos. 

JOSELAINE GARCIA
Psicóloga e Hipnóloga
CRP 07/18433 e SIAHC 1488
Pós Graduada em Docência Universitária
Hipnóloga credenciada ao Instituto Brasileiro de Hipnologia e
Membro da Sociedade Ibero-Americana de Hipnose Condicionativa
Consultório Psicológico em Cruz Alta - RS
                                   

Prêmios recebidos em 2013
* Psicóloga Destaque Mercosul, Prêmio Master Mercosul 2013, conforme pesquisa da Empresa Master Pesquisas.
* Psicóloga Destaque Estadual, Prêmio Master Estadual 2013, conforme pesquisa da Empresa Master Pesquisas.
* Psicóloga Destaque Municipal 2013, no município de Cruz Alta/RS, Conforme pesquisa da Empresa Exclusiva Pesquisas

Prêmios recebidos em 2012
Psicóloga Destaque Nacional, Prêmio Master Nacional Integrado 2012, conforme pesquisa da Empresa Master Pesquisas.
* Consultório de Psicologia destaque na Região Sul do Brasil(RS, PR, SC), Prêmio Master Sul Brasil 2012, conforme pesquisa da Empresa Master Pesquisas.
Consultório de Psicologia destaque Estadual, Prêmio Master Estadual 2012, conforme pesquisa da Empresa Master Pesquisas.
Psicóloga Destaque Estadual 2012, Troféu Master Estadual 2012, conforme pesquisa da Empresa Master Pesquisas.
* Psicóloga Destaque Municipal 2012, no município de Cruz Alta/RS, Conforme pesquisa da Empresa Exclusiva Pesquisas.
Psicóloga Destaque Municipal 2012, no município de Cruz Alta/RS, Conforme pesquisa da empresa Ouro Pesquisa e Publicidade.

Prêmios recebidos em 2011
Psicóloga Destaque Municipal 2011, no município de Cruz Alta/RS, conforme pesquisa da Empresa Sul Pesquisas.

quinta-feira, 13 de março de 2014

O CORPO FALA - DOENÇAS DE FUNDO EMOCIONAL

Popularmente diz-se que doença psicossomática ou doença psicológica é aquela que não apresenta sintoma orgânico real, ou seja, quando você acha que tem uma doença que não existe. Esta definição, embora comum, é errada.

Doenças psicossomáticas são manifestações orgânicas que podem ser causadas ou cujos sintomas podem ser agravados por aspectos psíquicos (mental/emocional).

existem basicamente dois tipos de doenças psicossomáticas:

As doenças por conversão psíquica, quando existe sintoma, porém nenhum tipo de alteração orgânica é percebida em exames. Por exemplo: uma pessoa não consegue andar, mas não tem nenhum tipo de lesão neurológica ou muscular que justifique a paralisia.

E a somatização propriamente dita, Somatizar é manifestar no corpo, na forma de uma doença ou um sintoma, algum conflito emocional. Por exemplo, uma pessoa ansiosa que sente dor de cabeça ou de estômago, como resultado da sua ansiedade

A somatização funciona como uma válvula de escape para emoções e sentimentos com os quais o sujeito não consegue lidar, ou seja, O corpo fala aquilo que a mente não consegue elaborar. Com o tempo, a repressão dos sentimentos, a mágoa, a tristeza, a decepção, a culpa,enfim,  Emoções e sentimentos que são escondidos, reprimidos, acabam em doenças como gastrite, úlcera, dores lombares, dor na coluna, renite, bronquite, e até mesmo câncer.

Ter uma doença psicossomática não significa que a dor e a enfermidade não existam. Pelo contrário, a pessoa realmente está em sofrimento, sente as dores, observa as feridas, as marcas, queda do seu cabelo ou dos pelos de seu corpo… e mesmo não tendo sido diagnosticada uma causa biológica ou orgânica, a pessoa sabe que há algo errado consigo e isso gera muito sofrimento.

Como saber se está sofrendo de algum tipo de doença psicossomática?

  • Doenças infecciosas junto a quadros emocionais, por exemplo, fique atento com gripes sucessivas em um período depressivo. Isto demonstra claramente a queda na imunidade;

  • Crises de determinadas doenças imediatamente após brigas, sustos e outros fatos desencadeantes;

  • Sintomas orgânicos não justificados por exames clínicos ou laboratoriais: você sente que está doente, mas nenhum médico consegue descobrir o que é e muitas vezes nem acredita em você. Este é o quadro típico da conversão psíquica;

  • Doenças que surgem apenas em períodos de crise emocional, stress ou mudanças na vida ou doenças crônicas que pioram sob essas condições;

  • Muitas doenças orgânicas e pouca emotividade. É o caso, por exemplo, de pessoas que não conseguem sentir a alegria ou a tristeza em situações em que isso seria esperado, como se tudo fosse neutro.
Nosso corpo adoece a medida que não suprimos o que o psiquismo nos pede. A reação saudável, neste caso, é adoecer fisicamente. (Sylvia Labrunetti)

Doenças psicossomáticas podem influir na saúde do corpo de maneira intensa


JOSELAINE GARCIA
Psicóloga e Hipnóloga
Pós Graduada em Docência Universitária
Hipnóloga credenciada ao Instituto Brasileiro de Hipnologia e
Membro da Sociedade Ibero-Americana de Hipnose Condicionativa
Consultório Psicológico em Cruz Alta  RS