segunda-feira, 4 de agosto de 2014

LEIA DA PALMADA - USO DA FORÇA FÍSICA PODE DETERIORA VÍNCULOS AFETIVOS

Psicóloga Joselaine Garcia
Entrevista - assunto Lei da palmada
Entrevista concedida a repórter Rúbia Ester Kercher, do Jornal Diário Serrano, ed. do dia 19 de junho de 2014 - Assunto: Lei da Palmada

- Qual a sua visão sobre o uso do castigo na educação das crianças em
ambiente familiar?
Se necessário, quando a criança se comporta mal, você pode utilizar o castigo, todavia Coerência na hora do castigo é essencial. Quanto maior o grau da infração, maior o castigo, por exemplo: diminua passeios ou tire algo que a criança goste da rotina, sempre explicando o motivo do castigo. Castigue quando o ato necessite de tal atitude e não porque está cansado ou com raiva.
O que carecemos enquanto pais é aprender mecanismos de fazer com que nossa autoridade prevaleça, que nossos limites sejam atendidos no que entendemos que é certo e errado, mas sem agressividade. Uma das maneiras de colocar limites aos filhos é por meio do diálogo, é o pai argumentar, dar bronca seguida de explicação. É necessário a criança compreender que está fazendo algo errado, para que a criança ou o adolescente aprenda as regras de convívio, isso fará a criança apreender que é necessário respeitar as Leis, regras etc.
É possível orientar, educar, aconselhar e mesmo disciplinar de forma não violenta, de modo a promover o crescimento psicoemocional da criança e do adolescente. As crianças e os adolescentes têm o direito de serem educados e cuidados sem o uso de qualquer forma de violência. Nada justifica o castigo físico!
O uso de violências físicas na educação e disciplinamento familiar viola a integridade psicológica e física da criança, ocasionando conflitos que podem comprometer até mesmo a vida adulta. Além disso, ao bater em uma criança, o exemplo transmitido é de que se trata de um comportamento legítimo inclusive para outras situações da vida.

- O castigo, especialmente o castigo físico, pode causar alguma
conseqüência negativa de caráter psicológico no desenvolvimento da criança?
A força física apenas gera medo e o medo faz obedecer, mas não transmite princípios, nem impõe respeito.
A agressão física pode diminuir a autoestima, aflorar sua agressividade, seu medo e insegurança, pesquisas têm evidenciado, também, que esse tipo de comportamento, além de não surtir efeitos disciplinares práticos, deteriora os vínculos afetivos entre pais e filhos.
O uso de violências físicas no disciplinamento familiar facilita, ainda, o surgimento de desvios no comportamento da criança, como ocultar ou dissimular seus erros para escapar dos castigos físicos.
A prática de bater para educar não é benéfica, nem tão pouco inofensiva, com a agressão física, seja ela uma simples palmada, a criança vai apreender que os conflitos são resolvidos com agressões físicas. Muitas vezes o ato recorrente da agressão pode levar a criança ou adolescente a sentir raiva do adulto e aprender que a força é um meio cabível de impetrar o que quer.

 - Pergunto como repórter e como mãe: Quais as ferramentas de que os pais devem se utilizar na educação das crianças, considerando situações negativas?

A criança que se sente amada e decepciona os pais com atitudes erradas se frustra consigo mesma, assim sendo, um olhar de repreensão, censura, além de palavras severas dos pais, muitas vezes, geram melhor resultado do que a agressão física.
A educação é um processo longo, para o qual não há receitas prontas, mas os pais precisam educar, ou construir o seu modo de educar pautado em valores e princípios éticos. 

Deixo aqui algumas orientações:

1.      Calma - É imprescindível manter a calma, corrigir o comportamento com voz firme, autoridade e convicção de sua atitude,
2.      Não grite, converse sempre dê essa abertura a seus filhos e, a partir daí, tente achar uma solução em conjunto.
3.      Repreenda com rigidez e sempre com objetivo, olhando para a criança e fazendo com que perceba que você está aborrecida com a tal atitude e não propriamente com ela, por exemplo: nunca diga “Como você é feio” e sim “Que coisa feia você fez”.
4.    Castigo coerente: Se necessário você pode utilizar o castigo, entretanto Coerência na hora do castigo é fundamental.
5.    Exemplo: direcione seu filho dando exemplos, de nada vale divulgar as regras para seus filhos, explicar as causas e as conseqüências, se você mesmo, como adulto, diz uma coisa e faz outra. A criança percebe de imediato a dicotomia entre a palavra e a atitude.

- Orientações para os pais de maneira geral.
Mamãe, papai! Educar é também dar exemplos e assim direcionar os filhos para um bom desenvolvimento emocional e para isso é imprescindível os pais terem consciência do seu próprio funcionamento, ou seja, o que faz, para que faz e não só o porquê faz. Conduza seu filho dando exemplos, ensine sendo e aprenda fazendo, não adianta o adulto almejar educar a criança se ele mesmo não lida bem com suas limitações. É necessário ter paciência, colocar limites, regras e conversar com seu filho, com certeza haverá mais bem estar e confiança entre pais e filhos.
Quem educa com amor, ensina o amor!

JOSELAINE GARCIA
Psicóloga - CRP 07/18433
Pós Graduada em Docência Universitária
Hipnóloga credenciada ao Instituto Brasileiro de Hipnologia e
Membro da Sociedade Ibero-Americana de Hipnose Condicionativa

Prêmios recebidos em 2013
* Psicóloga Destaque Mercosul, Prêmio Master Mercosul 2013, conforme pesquisa da Empresa Master Pesquisas.
* Psicóloga Destaque Estadual, Prêmio Master Estadual 2013, conforme pesquisa da Empresa Master Pesquisas.
* Psicóloga Destaque Municipal 2013, no município de Cruz Alta/RS, Conforme pesquisa da Empresa Exclusiva Pesquisas

Prêmios recebidos em 2012
Psicóloga Destaque Nacional, Prêmio Master Nacional Integrado 2012, conforme pesquisa da Empresa Master Pesquisas.
* Consultório de Psicologia destaque na Região Sul do Brasil(RS, PR, SC), Prêmio Master Sul Brasil 2012, conforme pesquisa da Empresa Master Pesquisas.
Consultório de Psicologia destaque Estadual, Prêmio Master Estadual 2012, conforme pesquisa da Empresa Master Pesquisas.
Psicóloga Destaque Estadual 2012, Troféu Master Estadual 2012, conforme pesquisa da Empresa Master Pesquisas.
* Psicóloga Destaque Municipal 2012, no município de Cruz Alta/RS, Conforme pesquisa da Empresa Exclusiva Pesquisas.
Psicóloga Destaque Municipal 2012, no município de Cruz Alta/RS, Conforme pesquisa da empresa Ouro Pesquisa e Publicidade.

Prêmios recebidos em 2011
Psicóloga Destaque Municipal 2011, no município de Cruz Alta/RS, conforme pesquisa da Empresa Sul Pesquisas.



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