Psicóloga Joselaine Garcia Entrevista - assunto Lei da palmada |
Entrevista
concedida a repórter Rúbia
Ester Kercher, do Jornal
Diário Serrano, ed. do dia 19 de junho de 2014 - Assunto: Lei da Palmada
- Qual a sua
visão sobre o uso do castigo na educação das crianças em
ambiente familiar?
ambiente familiar?
Se necessário, quando a
criança se comporta mal, você pode utilizar o castigo, todavia Coerência na
hora do castigo é essencial. Quanto maior o grau
da infração, maior o castigo, por
exemplo: diminua passeios ou tire algo que a criança goste da rotina, sempre
explicando o motivo do castigo. Castigue
quando o ato necessite de tal atitude e não porque está cansado ou com raiva.
O que carecemos
enquanto pais é aprender mecanismos de fazer com que nossa autoridade
prevaleça, que nossos limites sejam atendidos no que entendemos que é certo e
errado, mas sem agressividade. Uma das
maneiras de colocar limites aos filhos é por meio do diálogo, é o pai
argumentar, dar bronca seguida de explicação. É necessário a criança
compreender que está fazendo algo errado, para que a criança ou o adolescente
aprenda as regras de convívio, isso fará a criança apreender que é necessário
respeitar as Leis, regras etc.
É possível orientar,
educar, aconselhar e mesmo disciplinar de forma não violenta, de modo a
promover o crescimento psicoemocional da criança e do adolescente.
As
crianças e os adolescentes têm o direito de serem educados e cuidados sem o uso
de qualquer forma de violência. Nada justifica o castigo físico!
O uso de violências
físicas na educação e disciplinamento familiar viola a integridade psicológica
e física da criança, ocasionando conflitos que podem comprometer até mesmo a
vida adulta. Além disso, ao bater em uma criança, o
exemplo transmitido é de que se trata de um comportamento legítimo inclusive
para outras situações da vida.
- O castigo, especialmente o castigo físico, pode causar alguma
conseqüência negativa de caráter psicológico no desenvolvimento da criança?
A
força física apenas gera medo e o medo faz obedecer, mas não transmite
princípios, nem impõe respeito.
A
agressão física pode diminuir a autoestima, aflorar sua agressividade, seu medo
e insegurança, pesquisas têm evidenciado, também, que
esse tipo de comportamento, além de não surtir efeitos disciplinares práticos, deteriora os vínculos afetivos entre pais e
filhos.
O
uso de violências físicas no disciplinamento familiar facilita, ainda,
o surgimento de desvios no comportamento
da criança, como ocultar ou dissimular seus erros para escapar dos castigos
físicos.
A prática de bater para
educar não é benéfica, nem tão pouco inofensiva, com a agressão
física, seja ela uma simples palmada, a criança vai apreender que os conflitos são resolvidos com agressões
físicas. Muitas vezes o ato recorrente da agressão pode levar a
criança ou adolescente a sentir raiva do adulto e aprender que a força é um meio cabível de impetrar o que quer.
- Pergunto como repórter e como mãe: Quais as ferramentas de que os pais devem se utilizar na educação das crianças, considerando situações negativas?
A criança que se sente
amada e decepciona os pais com atitudes erradas se frustra consigo mesma, assim
sendo, um olhar de repreensão, censura, além de palavras severas dos pais, muitas
vezes, geram melhor resultado do que a agressão física.
A educação é um
processo longo, para o qual não há receitas prontas, mas os pais precisam
educar, ou construir o seu modo de educar pautado em valores e princípios
éticos.
Deixo
aqui algumas orientações:
1.
Calma
- É imprescindível manter a calma, corrigir o comportamento com voz firme,
autoridade e convicção de sua atitude,
2.
Não
grite, converse sempre dê essa abertura a seus filhos e,
a partir daí, tente achar uma solução em conjunto.
3.
Repreenda
com rigidez e sempre com objetivo, olhando para a
criança e fazendo com que perceba que você está aborrecida com a tal atitude e
não propriamente com ela, por exemplo: nunca diga “Como você é feio” e sim “Que
coisa feia você fez”.
4. Castigo coerente: Se necessário você pode utilizar o castigo, entretanto Coerência na hora do castigo é fundamental.
5. Exemplo: direcione seu filho dando exemplos, de nada vale divulgar as regras para seus filhos, explicar as causas e as conseqüências, se você mesmo, como adulto, diz uma coisa e faz outra. A criança percebe de imediato a dicotomia entre a palavra e a atitude.
4. Castigo coerente: Se necessário você pode utilizar o castigo, entretanto Coerência na hora do castigo é fundamental.
5. Exemplo: direcione seu filho dando exemplos, de nada vale divulgar as regras para seus filhos, explicar as causas e as conseqüências, se você mesmo, como adulto, diz uma coisa e faz outra. A criança percebe de imediato a dicotomia entre a palavra e a atitude.
- Orientações para os pais de maneira geral.
Mamãe,
papai! Educar é também dar exemplos e
assim direcionar os filhos para um bom desenvolvimento emocional e para isso é
imprescindível os pais terem consciência do seu próprio funcionamento, ou seja,
o que faz, para que faz e não só o porquê faz.
Conduza seu filho dando exemplos, ensine
sendo e aprenda fazendo, não adianta o adulto almejar educar a criança se ele
mesmo não lida bem com suas limitações. É necessário ter paciência, colocar limites, regras e conversar com seu filho, com
certeza haverá mais bem estar e confiança entre pais e filhos.
Quem educa com amor,
ensina o amor!
JOSELAINE GARCIA
Psicóloga - CRP 07/18433
Pós Graduada em Docência Universitária
Hipnóloga credenciada ao Instituto Brasileiro de
Hipnologia e
Membro da Sociedade Ibero-Americana de Hipnose
Condicionativa
Prêmios
recebidos em 2013
* Psicóloga Destaque Mercosul, Prêmio Master Mercosul 2013,
conforme pesquisa da Empresa Master Pesquisas.
* Psicóloga Destaque Estadual, Prêmio Master Estadual 2013,
conforme pesquisa da Empresa Master Pesquisas.
* Psicóloga Destaque Municipal 2013, no município de Cruz
Alta/RS, Conforme pesquisa da Empresa Exclusiva Pesquisas
Prêmios
recebidos em 2012
* Psicóloga Destaque Nacional, Prêmio Master
Nacional Integrado 2012, conforme pesquisa da Empresa Master Pesquisas.
* Consultório de Psicologia destaque na Região Sul do Brasil, (RS,
PR, SC), Prêmio Master Sul Brasil 2012, conforme pesquisa da Empresa
Master Pesquisas.
* Consultório de Psicologia destaque Estadual, Prêmio Master
Estadual 2012, conforme pesquisa da Empresa Master Pesquisas.
* Psicóloga Destaque Estadual 2012, Troféu Master
Estadual 2012, conforme pesquisa da Empresa Master Pesquisas.
* Psicóloga Destaque Municipal 2012, no município de Cruz
Alta/RS, Conforme pesquisa da Empresa Exclusiva Pesquisas.
* Psicóloga Destaque Municipal 2012, no município de
Cruz Alta/RS, Conforme pesquisa da empresa Ouro Pesquisa e Publicidade.
Prêmios
recebidos em 2011
* Psicóloga Destaque Municipal 2011, no município de
Cruz Alta/RS, conforme pesquisa da Empresa Sul Pesquisas.
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