Cutting = AUTOMUTILAÇÃO - As grandes vítimas se
encontram, geralmente, na fase da adolescência, a idade das emoções.
É uma prática que consiste em fazer pequenos
cortes no corpo.
Automutilação
é um problema que precisa de atenção e cuidado, por meio de avaliação.
É
muito importante que a escola e a família estejam atentas aos adolescentes que
venham praticar o cutting (Automutilação) prática que está ganhando uma
perigosa popularidade.
É
um transtorno que tem idade para começar, mas não para acabar. O início do
quadro ocorre na adolescência, geralmente entre 13 e 15 anos, tende a diminuir
depois dos 20 anos, mas, se não tratado, pode perdurar por muitos anos, pois a
pessoa sente-se incapaz de parar com tal prática.
Mesmo
não sendo regra, em alguns casos mais
graves o indivíduo pode tentar se ferir de maneira mais violenta, levando a
danos maiores e até fatais.
Infelizmente,
A
AUTOMUTILAÇÃO ESTÁ SE TORNANDO UMA EPIDEMIA, sobretudo por causa das
redes sociais, o principal público atingindo são meninas de 13 a 17 anos. Nessa
idade, a pessoa não tem a personalidade formada e assume um comportamento de
grupo altamente perigoso. Muitos acabam praticando algum episódio para tentar
acompanhar um grupo, sendo uma experiência dolorosa, a maioria dos adolescentes
acaba interrompendo o comportamento. Porém, quando a automutilação continua, comumente
é porque estamos diante um jovem que vive em grande sofrimento emocional.
A
dor de um adolescente que se automutila é grande, ele recorre a mutilação com o
intuito de a dor no corpo amenizar a dor na alma, (o corte alivia a dor psíquica), no entanto, logo após o alívio, vem
uma sensação de vergonha, de arrependimento, de ser descoberto no seu ato, a
pessoa sente culpa e medo, sentimentos que fazem com que o adolescente se
isole e se sinta sozinho.
Na minha prática
clínica, já tratei de muitos casos de automutilação
e o que se vê é que não conseguem expressar através das palavras a sua dor
física ou emocional. A automutilação é
uma tentativas de se comunicar, de dizer da dor e do sofrimento apesar da falta
de palavras ou da falta de escuta.
A automutilação é uma tentativas de se comunicar, de dizer da dor e do sofrimento apesar da falta de palavras |
A
motivação referida pelos pacientes é que eles se cortam para:
- “aliviar uma sensação ruim”,
- “sinto alívio na dor
sentimental, troco-a pela física. Pelo menos por um momento eu me sinto livre
de tudo.”
- “É mais forte do que eu”,
- “É um vício, me corto mais
e mais e, mesmo sabendo dos danos que podem acontecer, não consigo parar”
Cada
indivíduo que o pratica poderá dar uma explicação para suas próprias ações. O
certo é que há um sofrimento que não pode ser ignorado.
A automutilação não
tem como objetivo chamar a atenção, é usado como um
escape para aliviar a tensão. Quem o pratica não quer que os pais saibam,
o fazem escondido, na sua maioria, tentam esconder as suas marcas e têm
vergonha do seu ato de autoflagelo. Sabem que as pessoas reprovam essa atitude.
Raramente pedem ajuda.
Sinal, de
alerta, que deve despertar a atenção dos pais:
-
Um dos sinais mais peculiares da
prática de automutilação é o uso de
roupas compridas, mesmo em dias de calor, para esconder as marcas.
Obs:
Geralmente os cortes são feitos em locais mais fáceis de serem cobertos, como
braços, pernas e abdome.
É
importante, também, ficar atento as mudanças bruscas de humor, hábitos ou
horários, pois a alteração de comportamento dos adolescentes pode ser um
indicativo de que estão com problemas.
É
fundamental que os adultos aprendam a conhecer seus filhos!
Grande parte dos
pais sequer percebe que os filhos têm se cortado com canivetes, lâminas de
barbear e até lâminas de apontadores de lápis.
Se um pai ou mãe descobrir sobre a automutilação do filho não entre em pânico, Manter a calma será muito importante. O acolhimento amoroso dever ser a primeira reação. Será fundamental adotar uma postura de disponibilidade para escutar Não pergunte diretamente sobre a automutilação, pergunte o que o faz sofrer, mostre interesse por aquilo que o jovem pensa e sente, dando-lhe espaço para partilhar, mas não o obrigando. Em seguida, ao tomar consciência da situação do filho, os pais devem procurar ajuda profissional. Geralmente uma ajuda psiquiátrica é necessária, aliada a psicoterapia.
Caso a
escola seja a primeira a perceber, deve comunicar os pais e não somente
achar que é um fenômeno passageiro ou da moda.
Lembre-se
dizer apenas para parar de fazer terá pouco efeito.
A
pessoa só se livra do vício se auxiliada por um profissional que vai
dar voz a essa dor, muitas vezes inconscientes, que a levam à automutilação.
TRATAMENTO
A
automutilação (cutting) não pode ser tratado apenas com medicamentos. A
psicoterapia é fundamental!
A
psicoterapia é fundamental porque é o espaço em que ele é autorizado a falar
das suas dores emocionais, físicas e da sua angústia. É onde ele será acolhido
na sua individualidade.
Cabe
salientar que a automutilação, muitas vezes, está relacionada a outros
problemas psicológicos, como depressão, transtorno obsessivo compulsivo (TOC), ansiedade
e transtornos alimentares.
A
duração do tratamento depende da gravidade das lesões e do tempo das práticas
de automutilação.
Psicóloga Joselaine Garcia
CRP/RS 18.433
Psicóloga Clínica
Especialista em Hipnose Condicionativa
Especialista em Hipnoterapia cognitiva
Pós graduada em Docência Universitária
Psicóloga laureada com diversos
prêmios: Internacional, Nacional e Estadual
CONSULTÓRIO DE PSICOLOGIA
Rua Barão do Rio Branco 1701, sala 101
| Fone : 55. 99167-7928
CRUZ ALTA RS,
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