A função materna é fundamental para a organização psíquica da criança
e sua constituição como sujeito. Pode-se dizer que é a partir da
organização psicológica desenvolvida do relacionamento com a mãe ou com a sua
cuidadora que a criança adquiri a capacidade de se relacionar com o mundo.
A vida mental da criança é influenciada por
emoções primitivas e fantasias inconscientes, Klein (1997). O recém-nascido conhece
uma ansiedade de natureza persecutória e sente, de forma inconsciente, como se
todos os desconfortos lhe fossem impostos por forças hostis, o que desencadeia
uma ansiedade da qual o ego necessita se livrar, e para isso, projetar.
O adulto, “o outro”, registra as primeiras
marcas no bebê, as quais serão a base do seu aparelho psíquico. O adulto investido
de cuidar da criança, que comumente é a mãe, irá conduzi-lo conforme os
significantes de sua história e de acordo com o lugar que esses significantes concedam
ao objeto que tem em suas mãos.
Conforme os pressupostos lacanianos, a mãe
sustenta para o seu bebê o lugar de Outro primordial. Conduzida pelo desejo,
antecipará em seu bebê uma vivência que ainda não está lá, mas que virá a se instalar
precisamente porque foi suposta. Por meio do seu olhar, palavras e gestos, a
mãe desenha o mapa libidinal que recobre o corpo do bebê (Kupfer, 2000).
EXPLICANDO....
O bebê, no início da vida, é acometido por medos,
ansiedades e terrores, pois está diante de sensações corporais e estímulos que,
não têm nenhum sentido para ele. Se a mãe (ou pessoa que desempenha a função
materna) for receptiva e compreensiva, terá condições de ajudá-lo a “digerir”
esses sentimentos estranhos, conferindo-lhes sentidos e contendo sua ansiedade.
No princípio a criança nem percebe a
diferença entre ela e a mãe, pensa que são uma coisa só, percebe isso como uma
unidade. Só com o tempo e com os cuidados que a mãe destina a ela é que a
criança vai compreender a diferença entre eles e por fim entender a
individualidade de cada um.
É a mãe ou a pessoa que vai cumprir a função
materna quem vai apresentar o mundo para a criança, o resultado é que parte da
sua visão de mundo é “transferida” para o filho. Ela coloca um pouco de si no
que está mostrando, a forma de ver, a visão dela.
Muitas
coisas vão se repetindo, acontece um processo que chamamos de transgeracionalidade,
ou seja, aquilo que eu recebi da minha mãe, passo para os meus filhos, e eles
vão passar para os meus netos.
Todo o desenvolvimento da personalidade, de tudo o que a criança
vai ser no futuro, está de certa maneira nas mãos dos pais, mas em primeiro
lugar da mãe. O pai tem o seu papel, muito importante, mas a mãe é o primeiro
contato.
Muitas pessoas não sabem da importância do afeto que a mãe passa
para a criança
fisicamente, dando mamadeira, amamentando, segurando no colo, fazendo
carinho, dando banho, pegando na mão. Em todos esses momentos ela está passando
literalmente calor humano e a sua presença, mostrando que está ali. Tudo isso no futuro
vai contribuir para que essa criança seja segura. Porém,
tudo isso deve
ser muito bem dosado, pois é importante observar que esses cuidados dependem da necessidade de
cada criança, pois cada ser humano responderá ao ambiente de maneira própria,
apresentando, a cada situação, condições, potencialidades e dificuldades distintas.
A “mãe suficientemente boa”, como se diz na
psicanálise, é a que promove o encontro do vínculo afetivo pelas necessidades
fisiológicas até os processos de separação, gerando confiança na criança para
suportar-se sozinha após. Cria condições de separação gradual, proporcionando subsídios
de apoio ao filho em processo de crescimento psicoemocional e físico.
A acolhida psíquica
da figura materna para com seu bebê é de extrema importância para a
constituição do eu, sendo a base fundamental para todos demais relacionamentos
do bebê no mundo externo. O saudável relacionamento mãe-bebê representa, desse
modo, segurança e proteção para a criança, contribuindo fundamentalmente para o
desenvolvimento adequado do aparelho psíquico.
JOSELAINE GARCIA
Psicóloga e Hipnóloga
CRP 07/18433 e SIAHC 1488
Pós Graduada em Docência Universitária
Hipnóloga credenciada ao Instituto Brasileiro de Hipnologia
e
Membro da Sociedade Ibero-Americana de Hipnose
Condicionativa
Consultório Psicológico em Cruz
Alta - RS
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Prêmios
recebidos em 2013
* Psicóloga Destaque Mercosul, Prêmio Master Mercosul 2013,
conforme pesquisa da Empresa Master Pesquisas.
* Psicóloga Destaque Estadual, Prêmio Master Estadual 2013,
conforme pesquisa da Empresa Master Pesquisas.
* Psicóloga Destaque Municipal 2013, no município de Cruz
Alta/RS, Conforme pesquisa da Empresa Exclusiva Pesquisas
Prêmios
recebidos em 2012
* Psicóloga Destaque Nacional, Prêmio Master
Nacional Integrado 2012, conforme pesquisa da Empresa Master Pesquisas.
* Consultório de Psicologia destaque na Região Sul do Brasil, (RS,
PR, SC), Prêmio Master Sul Brasil 2012, conforme pesquisa da Empresa
Master Pesquisas.
* Consultório de Psicologia destaque Estadual, Prêmio Master
Estadual 2012, conforme pesquisa da Empresa Master Pesquisas.
* Psicóloga Destaque Estadual 2012, Troféu Master
Estadual 2012, conforme pesquisa da Empresa Master Pesquisas.
* Psicóloga Destaque Municipal 2012, no município de Cruz
Alta/RS, Conforme pesquisa da Empresa Exclusiva Pesquisas.
* Psicóloga Destaque Municipal 2012, no município de
Cruz Alta/RS, Conforme pesquisa da empresa Ouro Pesquisa e Publicidade.
Prêmios
recebidos em 2011
* Psicóloga Destaque Municipal 2011, no município de
Cruz Alta/RS, conforme pesquisa da Empresa Sul Pesquisas.
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