Sentimento de culpa a maioria das mães tem. Sentem-se culpadas por algum motivo. Se ela
trabalha fora, ela se culpa. Se o filho não tem sucesso na escola, ela se
culpa. Porque elas passam menos horas com os filhos, se sentem ainda mais
culpadas. Assim que o bebê nasce, também surge o sentimento de culpa da mãe.
Desde o início, se algo não vai bem com a
criança, ela se culpa!
A mãe da atualidade desempenha múltiplos papéis,
muitas vezes são chefes de família, a enfermeira, a motorista, a educadora, etc com isso vem junto uma carga muito grande e,
muitas vezes, em função dessa carga a culpa se intensifica. As mães se cobram
mais do que poderiam e deveriam.
Vivemos, na cultura da perfeição, as mães ficam
buscando modelos nos outros, ficam se comparando com a imagem que as outras
mães passam e buscando receitas de perfeição, mas esquecem de que ninguém é
perfeito, muitas vezes, a ânsia de perfeição pode acabar pondo em
risco o desenvolvimento dos seus filhos e o seu próprio equilíbrio.
Mães culpadas perdem o referencial e passam para o
filho uma sensação de abandono por culpa da insegurança que sentem. Essas
mães, muitas vezes, acabam gerando filhos ansiosos e inseguros, que querem ser
perfeccionistas, que não podem errar e que, também, se culpam.
Uma criança não
precisa de mãe perfeita, precisa de limites, precisa levar bronca e precisa de segurança, porém em nome dessa culpa, as
mães têm deixado de educar os seus filhos. Ela não se sente no direito de
desempenhar autoridade de mãe e passam a satisfazer as vontades do filho. Tendo
em vista o pouco tempo para passar com a criança ela opta por não “brigar”, mas
sim proporcionar apenas momentos de alegria. Assim sendo passa a ignorar
algumas coisas erradas e a abrir mão de corrigir o filho, porque já se sente
culpada.
Mãezinha, cuidado, afinal os filhos se
edificam adultos, observando os pais. É possível amar e corrigir, essa culpa não é necessária. Não busque compensar o tempo, não há nada para compensar!
É possível combinar maternidade, trabalho, casal,
amizades e a privacidade, sem culpa. Para isso você
deve destinar sua atenção à qualidade das relações e ao vínculo com seus filhos,
por exemplo: não pegar o celular enquanto está brincando, comendo ou vendo um
filme com eles, destine esse tempo a eles, escute o que ele tem para dizer,
curta esse momento dedicado a eles.
Dosando seu tempo, estabelecendo prioridade e
respeitando suas limitações, você terá grandes chances de ser bem sucedida em
tudo o que fizer, não será a mãe perfeita, ninguém será, mas será, sim, uma
mulher de fibra que se esforça todos os dias para fazer o seu melhor, e podes
ter certeza que será o suficiente para manter as coisas equilibradas. Trabalhar
e ter hobbies faz parte da plenitude de uma pessoa e VOCÊ É MÃE, MAS TAMBÉM É
UMA PESSOA.
Caso não consiga se libertar da sua culpa, busque
ajuda de um profissional psicólogo(a) de sua confiança. Quando a gente se
conhece profundamente descobrimos as razões de agirmos com culpa e passamos a
mudar o comportamento e nos fortalecemos. Somos capazes de nos livrar de nossas culpas,
com o autoconhecimento.
(Matéria escrita para Revista DS - edição do dia das mães/2016 - Jornal Diário Serrano)
Psicóloga Joselaine Garcia
CRP/RS 18.433
Psicóloga Clínica
Especialista em Hipnose Condicionativa
Especialista em Hipnoterapia cognitiva
Pós Graduada em Docência Universitária
Membro do Latin American Quality Institute
Psicóloga laureada com diversos
prêmios: Internacional, Nacional e Estadual
CONSULTÓRIO
Rua Barão do Rio Branco 1701, sala 101 | Fone
: 55.9167-7928
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