domingo, 16 de fevereiro de 2020

“O excesso de alguma coisa é a falta de alguma coisa.”


Mas o que estará faltando? 

  A obesidade em questão



Há um ditado árabe que diz que “o excesso de alguma coisa é a falta de alguma coisa”. Já Aristóteles assinalava que a virtude está no meio, entre dois extremos, um por falta e outro por excesso. Em se tratando de obesidade, o excesso é evidente, mas o que poderia estar faltando?

A obesidade deixou de ser vista apenas como uma questão estética e passou a ser considerada como doença crônica, como um problema de saúde, envolvendo dificuldades muito grandes para o sucesso de seu tratamento.

Os pacientes muitas vezes conseguem emagrecer, mas a dificuldade maior não é apenas o emagrecimento em si, mas a manutenção do peso após o emagrecimento, ocorrendo freqüentemente o que costuma ser chamado de “efeito iôiô” ou “efeito sanfona”

Assim, o tratamento da pessoa obesa é particularmente complexo, requerendo uma abordagem multidisciplinar que envolve médicos de diferentes especialidades como: endocrinologista, cirurgião especializado em cirurgia bariátrica, nutricionistas, psicólogos, psiquiatras. (Dependendo muito do grau da obesidade)

Winnicott (1936) observa que “voracidade é uma palavra com um significado bastante preciso, fazendo com que se junte o psíquico e o físico, amor e ódio, o que é aceitável e o que não é aceitável para o ego” (p. 111). Pereira (1985) diz que os pacientes por ela observados apresentavam uma estrutura psíquica predominantemente narcísica, com algumas das características das perturbações narcísicas de personalidade, como um frágil sentimento de identidade, com a conseqüente acentuada vulnerabilidade do sentimento de auto-estima. Em suas histórias de vida, expressavam graves lesões narcísicas e sérias perturbações no relacionamento com a figura materna. No entender da autora, o material inconsciente desses pacientes quase sempre expressa o sentimento de que não são queridos, de que precisam mostrar-se sempre de acordo com os demais, em detrimento de seus próprios valores ou opiniões, o que lhes dá a sensação de serem pouco reais. Tende a permanecer dentro deles um acentuado sentimento de vazio e de falta de completude, mesmo que não estejam sós. Qualquer alteração mais ou menos acentuada no esquema corporal e na representação que têm de seu próprio corpo no psiquismo pode acarretar sérios transtornos no sentimento de identidade. Ingestão repetida de alimento pode estar relacionada à necessidade de evitar o sentimento de desintegração.

Essas defesas se organizam de forma a que a pessoa alcance um equilíbrio psíquico, ainda que (muito) patológico, e alterá-las representa uma ameaça de desmoronamento psíquico, o que mobiliza muita angústia. A obesidade parece compor com esse esquema defensivo rígido e parece implicar inúmeras funções no psiquismo do sujeito.
Emagrecer pode, assim, representar uma grande ameaça, assim não conseguem perder peso, ou perdem e recuperam, ou perdem e estacionam, nas patologias do vazio, evita-se a realidade interna, tida como insuportável, e mantêm-se as estratégias defensivas empregadas. O corpo passa a ser sede e testemunha das emoções e do pensamento.

A compulsão repetitiva busca um renascimento psíquico, que acaba não se dando pela inexistência de um bom encontro, o qual entendemos não depender apenas do objeto, mas também das projeções que se dão sobre ele, tais como expectativas de preenchimento impossíveis de se realizarem, reeditando-se assim a frustração e o vazio.

Há um buraco sem fundo a ser preenchido, um buraco devido à falta de sentido das experiências vividas, que, por sua vez, decorre da restrita capacidade de simbolização, e que se busca preencher com “coisas”, como comida, bebida, drogas, compras etc.

Cabe lembrar que a adição está presente, por diferentes vias, como a adição a drogas, as neo-sexualidades, a promiscuidade, os distúrbios alimentares (bulimia, anorexia, obesidade), os transtornos psicossomáticos etc.


Dessa forma, vemos como é difícil para o obeso fazer reparações.

Assim sendo, é imprescindível a psicoterapia para resultado satisfatório, hoje podemos contar, também, com a Hipnose Clínica no tratamento, trazendo excelentes resultados.


Psicóloga Joselaine Garcia

CRP  07.18433
Psicóloga Clínica
Hipnóloga Clínica
Psicoterapeuta
Hipnoterapeuta
Especialista em Hipnose Cçínica
Especialista em Terapia de Casal
Especialista  em Docência Universitária
Premiada Internacionalmente

Membro do Latin American Quality Institute

   B L O G U E I R A -    Blog: http://joselainegarcia.blogspot.com.br/

Colabora regularmente com a imprensa escrita, rádio e televisão.

Psicóloga laureada com diversos prêmios: Internacional, Nacional e Estadual 

CONSULTÓRIO DE PSICOLOGIA 
Rua Barão do Rio Branco 1701, sala 101  | Fone : 55.99167-7928
CRUZ ALTA RS,

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