Mas o que estará faltando?
A obesidade em
questão
Há um ditado árabe que diz que “o excesso de alguma
coisa é a falta de alguma coisa”. Já Aristóteles assinalava que a virtude está
no meio, entre dois extremos, um por falta e outro por excesso. Em se tratando de
obesidade, o excesso é evidente, mas o que poderia estar faltando?
A obesidade deixou de ser vista apenas como uma
questão estética e passou a ser considerada como doença crônica, como um
problema de saúde, envolvendo dificuldades muito grandes para o sucesso de seu
tratamento.
Os pacientes muitas vezes conseguem emagrecer, mas
a dificuldade maior não é apenas o emagrecimento em si, mas a manutenção do
peso após o emagrecimento, ocorrendo freqüentemente o que costuma ser chamado
de “efeito iôiô” ou “efeito sanfona”
Assim, o tratamento da pessoa obesa é
particularmente complexo, requerendo uma abordagem multidisciplinar que envolve
médicos de diferentes especialidades como: endocrinologista, cirurgião especializado
em cirurgia bariátrica, nutricionistas, psicólogos,
psiquiatras. (Dependendo muito do grau da obesidade)
Winnicott (1936) observa que “voracidade é uma
palavra com um significado bastante preciso, fazendo com que se junte o
psíquico e o físico, amor e ódio, o que é aceitável e o que não é aceitável
para o ego” (p. 111). Pereira (1985) diz que os pacientes por ela observados
apresentavam uma estrutura psíquica predominantemente narcísica, com algumas das
características das perturbações narcísicas de personalidade, como um frágil
sentimento de identidade, com a conseqüente acentuada vulnerabilidade do
sentimento de auto-estima. Em suas histórias de vida, expressavam graves lesões narcísicas e sérias
perturbações no relacionamento com a figura materna. No entender da autora,
o material
inconsciente desses pacientes quase sempre expressa o sentimento de que não são
queridos, de que precisam mostrar-se sempre de acordo com os demais,
em detrimento de seus próprios valores ou opiniões, o que lhes dá a sensação de
serem pouco reais. Tende a permanecer dentro deles um acentuado sentimento de vazio
e de falta de completude, mesmo que não estejam sós. Qualquer alteração mais ou
menos acentuada no esquema corporal e na representação que têm de seu próprio
corpo no psiquismo pode acarretar sérios transtornos no sentimento de
identidade. Ingestão repetida de
alimento pode estar relacionada à necessidade de evitar o sentimento de
desintegração.
Essas defesas se organizam de
forma a que a pessoa alcance um equilíbrio psíquico, ainda que (muito)
patológico, e alterá-las representa uma ameaça de
desmoronamento psíquico, o que mobiliza muita angústia. A obesidade
parece compor com esse esquema defensivo rígido e parece implicar inúmeras
funções no psiquismo do sujeito.
Emagrecer pode, assim, representar
uma grande ameaça, assim não conseguem perder
peso, ou perdem e recuperam, ou perdem e estacionam, nas patologias do vazio,
evita-se a realidade interna, tida como insuportável, e mantêm-se as
estratégias defensivas empregadas. O corpo passa a ser sede e testemunha das
emoções e do pensamento.
A compulsão repetitiva busca um
renascimento psíquico, que acaba não se
dando pela inexistência de um bom encontro, o qual entendemos não depender
apenas do objeto, mas também das projeções que se dão sobre ele, tais como
expectativas de preenchimento impossíveis de se realizarem, reeditando-se assim
a frustração e o vazio.
Há um buraco sem fundo a ser preenchido, um buraco
devido à falta de sentido das experiências vividas, que, por sua vez, decorre
da restrita capacidade de simbolização, e que se busca preencher com “coisas”,
como comida, bebida, drogas, compras etc.
Cabe lembrar que a adição está presente, por
diferentes vias, como a adição a drogas, as neo-sexualidades, a promiscuidade,
os distúrbios alimentares (bulimia, anorexia, obesidade), os transtornos
psicossomáticos etc.
Dessa forma,
vemos como é difícil para o obeso fazer reparações.
Assim sendo, é imprescindível a psicoterapia para resultado satisfatório,
hoje podemos contar, também, com a Hipnose Clínica no tratamento, trazendo
excelentes resultados.
Psicóloga Joselaine Garcia
CRP
07.18433
Psicóloga Clínica
Hipnóloga Clínica
Psicoterapeuta
Hipnoterapeuta
Especialista em Hipnose Cçínica
Especialista em Terapia de Casal
Especialista em Docência Universitária
Premiada Internacionalmente
Membro do Latin American Quality
Institute
B L O G U E I R A - Blog: http://joselainegarcia.blogspot.com.br/
Colabora regularmente com a imprensa
escrita, rádio e televisão.
Psicóloga laureada com diversos
prêmios: Internacional, Nacional e Estadual
CONSULTÓRIO DE PSICOLOGIA
Rua Barão do Rio Branco 1701, sala
101 | Fone : 55.99167-7928
CRUZ ALTA RS,
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