Superproteção dos pais e valorização excessiva da infância podem ser causadoras do problema
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Eles se recusam a crescer. São
inseguros, imaturos, dependentes, irresponsáveis, têm acessos de raiva e
dificuldade em manter um compromisso afetivo. Apesar de não demonstrarem,
costumam ter baixa autoestima. São muitos e estão em vários lugares,
independentemente de país ou conta bancária. Trinta anos atrás, o psicólogo
norte-americano Dan Kiley dedicou a eles o livro "The Peter Pan
Syndrome: Men Who Have Never Grown Up" (A Síndrome de Peter Pan: Homens
que Nunca Crescem, numa tradução livre). No Brasil, publicado simplesmente como
"Síndrome de Peter Pan". (Catarina Arimatéia - Do UOL, em São Paulo - 18/05/201309h10)
Abaixo veja a entrevista
da Psicanalista Léa Michaan
O que é a síndrome
de Peter Pan? Ela é uma característica, um transtorno ou uma doença?
A
Sindrome de Peter Pan foi um termo aceito em psicologia desde a
publicação de um livro escrito em 1983 The Peter Pan Syndrome: Men
Who Have Never Grown Up ou “síndrome do homem que nunca cresce”, escrito
pelo Dr. Dan Kiley. No entanto não é considerada pelos manuais de transtornos
mentais como uma síndrome, ou seja, uma doença que possui um conjunto
específico de características físicas e psicológicas. Porém, o que este conceito aborda? Aqueles homens
cronologicamente com idade suficiente para terem responsabilidades, trabalho,
compromissos, e principalmente casarem-se, e constituir família, mas quanto a
sua idade emocional e psiquica eles permanecem meninos. Isto é: vivem no
viveogame, brincando de flertar, sem responsabilidades ou compromissos.
É uma síndrome
comum?
Sim,
hoje em dia, mais comum do que antigamente. Em minha experiência clinica muitas
mulheres entre 30 e 40 anos queixam-se de que os homens desta mesma faixa
etária não querem compromisso sério, agem como adolescentes só querem ficar e
transar sem construir um relacionamento maduro compromissado e com projetos
para o futuro.
Penso
que isto está acontecendo mais hoje em dia por várias circunstancias do mundo
atual:
1º
– o custo de vida é alto e as pessoas prolongam ao máximo o tempo em viver na
casa e na dependência financeira dos pais.
2º
lugar- o mundo da fantasia está tão avançado e evoluído que abarca os adultos:
Como por exemplo, videogame, Playstation, as pessoas querem desfrutar, viajar,
se divertir, frequentar baladas, etc.
3º
lugar – Há uma confusão, as pessoas se enganam pensando que é isto ou aquilo,
ou seja: ou me divirto ou serei um homem sério.
Mas
há um ledo engano neste pensamento porque é possível construir, ou seja,
estudar e se desenvolver como profissional, edificar um relacionamento
profundo, longo, duradouro e compromissado, e ao mesmo tempo se divertir –
Diria que isto acontece porque muitas pessoas não compreendem que uma vida boa
equilibrada ocorre quando podemos transitar nas diferentes possibilidades que a
vida nos oferta: brincar, construir, divertir-se, responsabilizar-se, amar sem
sentir-se enclausurado nesta relação mas de forma madura, livre e saudável. Em
resumo, as pessoas pensam que só há uma maneira de viver, muitos não abrangem
que não é isto ou aquilo, mas a vida pode ser isto e aquilo,
só é preciso ter bom senso e dosar.
Ela acontece
somente entre homens ou também é comum entre mulheres?
Mais
entre homens. As mulheres, em geral amadurecem mais cedo e optam por uma vida
mais madura e estável. Mas, isto não é regra. Vejo mulheres com mais de trinta
anos que vivem em meio as drogas no mundo da fantasia e sem planos para a vida.
Isto
acontece, tanto em homens como em mulheres, porque quando temos algo
em abundancia, seja lá o que for, aquilo vai perdendo a graça, então precisamos
mais e mais daquilo para nos satisfazer, e por fim podemos ficar afogados
naquilo e mortos para as outras possibilidades (este é o mecanismo dos vícios).
No caso da
Síndrome de Peter Pan as pessoas mergulham no mundo da fantasia, da não
responsabilidade, da brincadeira, enfim do eterno menino.
Qual é a papel dos
pais neste processo?
Saber
transmitir valores para os filhos é uma arte. Porque se os pais forem severos,
rígidos, invasivos em suas colocações podem afastar os filhos de si e estimular
que eles se rebelem justamente contra aquilo que os pais tentam incutir.
Quando
um pai vê que seu filho está se tornando um eterno adolescente, é o momento de
conversar, dialogar, questionar com afeto, nunca acusando, rebaixando ou
“jogando pedras”, porque quando a gente joga pedras o outro põe um escudo.
Ouvir em primeiro lugar o que o filho tem a dizer sobre o estilo adolescente de
vida que leva, e depois conversar. Entrar na questão do isto e aquilo, ou seja,
é possível se divertir e construir e crescer e também ser criança, e se for
assim, a diversão é bem melhor, porque tudo que existe, só existe no contraste,
por exemplo: Só há claro porque há escuro, só há o bonito porque existe o feio,
só existem férias porque trabalhamos, caso contrário, as coisas perdem o valor.
Se a conversa for produtiva, ótimo, caso contrário, seria útil buscar ajuda
profissional (psicólogo), mas o filho precisa desejar ser ajudado, se não
quiser, não funcionará.
No que ela
prejudica seu “portador”?
Na
vida intelectual, profissional e afetiva, de um modo geral. Porque nós
construímos quando levamos a sério e nos responsabilizamos.
Como é a forma
correta de se livrar desta postura?
Saber
que é possível brincar, se divertir e viver no mundo da fantasia e na mesma
medida ser responsável, planejar e construir objetos de vida: trabalho,
estudos, casamento e família. Que uma possibilidade não anula a outra no nosso
jeito de ser. Que é muito bom que a criança que vive em nós nunca morra, mas
também que o nosso lado criança não tome conta da nossa faceta adulta
impedindo-nos de realizar.
É
útil e produtivo ter consciência que a melhor maneira de viver a vida é
transitando de forma equilibrada e saudável dando voz aos diferentes Eus que
habitam em nós. Com bom senso podemos viver nosso lado criança, adulto,
adolescente, construtivo, responsável, brincalhão, sério, maduro,
inconsequente… Cada aspecto de nós encontrará seu momento para emergir. Assim a
vida ficará bem mais interessante.
JOSELAINE GARCIA
Psicóloga e Hipnóloga
CRP 07/18433 e SIAHC 1488
Pós Graduada em Docência Universitária
Hipnóloga credenciada ao Instituto Brasileiro de Hipnologia
e
Membro da Sociedade Ibero-Americana de Hipnose
Condicionativa
Consultório Psicológico em
Cruz Alta - RS
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Prêmios
recebidos em 2013
* Psicóloga Destaque Mercosul, Prêmio Master Mercosul 2013,
conforme pesquisa da Empresa Master Pesquisas.
* Psicóloga Destaque Nacional, Prêmio Master
Nacional Integrado 2012, conforme pesquisa da Empresa Master Pesquisas.
* Psicóloga Destaque Estadual, Prêmio Master Estadual 2013,
conforme pesquisa da Empresa Master Pesquisas.
* Psicóloga Destaque Municipal 2013, no município de Cruz
Alta/RS, Conforme pesquisa da Empresa Exclusiva Pesquisas
Prêmios
recebidos em 2012
* Psicóloga Destaque Municipal 2012, no município de Cruz
Alta/RS, Conforme pesquisa da Empresa Exclusiva Pesquisas.
* Consultório de Psicologia destaque na Região Sul do Brasil, (RS,
PR, SC), Prêmio Master Sul Brasil 2012, conforme pesquisa da Empresa
Master Pesquisas.
* Consultório de Psicologia destaque Estadual, Prêmio Master
Estadual 2012, conforme pesquisa da Empresa Master Pesquisas.
* Psicóloga Destaque Estadual 2012, Troféu Master
Estadual 2012, conforme pesquisa da Empresa Master Pesquisas.
* Psicóloga Destaque Municipal 2012, no município de
Cruz Alta/RS, Conforme pesquisa da empresa Ouro Pesquisa e Publicidade.
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