EM BRIGA DE MARIDO
E MULHER NÃO SE METE A COLHER, EXCETO QUANDO ME PEDEM.
A terapia de casal,
normalmente, é utilizada, pelos casais, como ultimo recurso para recuperar a
relação. Eles já mudaram de casa, fizeram viagens, resolveram ter um filho, enfim,
tentaram vários recursos, mexeram basicamente nos fatores externos da relação
e, não raras as vezes, o problema prosseguiu.
Diferente do que se pensa o fato de ser a última opção, não faz da terapia de casal o caminho para o término do relacionamento. Muito pelo contrário, como diz Anna Burg “Quando o casal busca uma terapia a dois é porque o relacionamento está muito vivo.”
Em geral, somos
permeados por uma fantasia de que somos uma metade que deseja encontrar sua
outra metade para ser completa e feliz. Na terapia de casal fica evidente essa
sensação quando o casal retoma, em terapia, o momento em que suas
histórias psíquicas se encontraram, ou seja, a ocasião em que se apaixonaram. Recordam,
durante esse processo mágico, que parecia não haver diferenças entre eles e que
o amor dava sentido ao incompreensível.
Ao entrarem em
contato, em terapia, com seus sentimentos, compreendem que as palavras não são
capazes de dar conta de toda sua gama. Na terapia é possível perceber que idealizamos
muito em relação ao outro e que, muitas vezes, cada uma das partes enamoradas
está mais preocupada em descobrir como o outro pode atender os seus desejos e
necessidades.
Normalmente, o conflito
se estabelece no casal quando essa fantasia de completude cai por terra. Os
elementos que detonam esse processo são múltiplos. Dentre eles podemos citar os
ligados à sexualidade, como a impotência, a frigidez, ou a ejaculação precoce.
Outras vezes, desemprego, o nascimento de um filho, mudança de cidade.
A terapia de casal
responde a distintas razões e tempos. Faz parte de sua dinâmica seguir as
mudanças no contexto social. Hoje em dia, quando somos procurados por casais,
no consultório, não fazemos referência a casamentos em igreja ou cartório.
Também não falamos apenas em relacionamentos heterossexuais.
Atenção, apesar da
terapia de casal estar dentro dos processos de terapia breve, em alguns casos,
frustra o paciente que deseja uma solução imediata, mas é necessário deixar
claro que não existe formula mágica, pois ao longo da vida, cada um constrói
sua própria história psíquica e, no consultório, o terapeuta trabalha com duas
delas, mas sabendo que dessa união se formou uma terceira entidade psíquica,
que é a dinâmica do casal. Destarte é necessário analisar as idiossincrasias
pessoais de cada um e ao mesmo tempo compreender como essas interferem na
dinâmica do casal.
A terapia se
completa quando o casal percebe que há um acordo inconsciente entre eles;
assim, deixam de culpar um ao outro pelo sofrimento na relação. Assim
sendo, é possível pensarmos em conclusão desse procedimento quando há um olhar
mais real para o companheiro(a). Quando um se coloca no lugar do outro, a
relação se torna mais fecunda e cada um deles pode se reinventar. Enfim, a
terapia de casal termina no momento em que cada parte da "laranja"
resolve seguir sua vida, junto ou separado do outro e consciente que a única
pessoa realmente insubstituível é ela mesma.
Olhar para o outro
sem fantasias e sem atribuir a culpa ao outro é o primeiro passo!
Joselaine Garcia
PSICÓLOGA e HIPNÓLOGA - CRP
07/18433
PSICOTERAPEUTA e HIPNOTERAPEUTA
Pós
Graduada em Docência Universitária
Hipnóloga
credenciada ao Instituto Brasileiro de Hipnologia
Membro da
Sociedade Ibero-Americana de Hipnose Condicionativa
Membro do
Latin American Quality Institute
Psicóloga laureada com diversos prêmios a nível:
Internacional, Nacional e Estadual
Colabora
regularmente com a imprensa escrita, rádio e televisão.
Blog: joselainegarcia.blogspot.com
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