O nascimento de um
filho é um momento mágico, que transforma a vida de qualquer mulher, porém, ao mesmo tempo em que é excitante e cheio de
expectativas, também pode ser um pouco estressante.
Durante
a gestação e após o parto a mulher passa por muitas mudanças físicas e
emocionais, assim sendo, é comum que as mulheres se sintam amedrontadas,
ansiosas, tristes e confusas. Esses sentimentos costumam ir embora depois de
algum tempo, mas em algumas pessoas eles acabam permanecendo, resultando na
depressão pós-parto.
A depressão pós
parto pode começar na primeira semana após o parto e
perdurar por até dois anos. Por ter
conseqüências sérias, que podem afetar tanto a mãe quanto o bebê, precisa de tratamento médico e
psicoterapêutico.
* CAUSAS DA DEPRESSÃO PÓS PARTO?
Não
existe uma única causa para a depressão. Vários
fatores podem ser mencionados como possível causa da depressão pós-parto
dentre eles podemos citar as vivências
inconscientes em que predominam as fantasias de esvaziamento ou de castração:
· A
vivência inconsciente da angústia do trauma do próprio nascimento, ou seja,
Após o parto, sucedem reações conscientes e inconscientes na puérpera, dentro
de seu ambiente familiar e social, que podem ativar profundas ansiedades. Uma
das mais importantes é a vivência inconsciente da angústia do trauma do próprio
nascimento: a passagem pelo canal do parto, que inviabiliza para sempre o
retorno ao útero e empurra o bebê para um mundo totalmente novo e, portanto,
temido. Isto abarca a perda súbita de percepções conhecidas, como os sons
internos da mãe, o calor do aconchego, o sentido total de proteção, provocando
o aparecimento de percepções novas e assustadoras; (Cox, Connor, &
Kendell, 1982; Cox,, Haldin, & Sagovsky 1987).
· Separação
corporal definitiva: o parto é vida e
também é morte, pois, tanto quanto na morte, no nascimento também ocorre
uma separação corporal definitiva e que se não for bem elaborado, pode trazer
uma depressão muito mais intensa à puérpera. O parto é vivido como uma grande
perda para a mãe. Ao longo dos meses de gestação, o bebê foi sentido como
apenas seu, como parte integrante de si mesma e, bruscamente, torna-se um ser
diferenciado dela, com vida própria e que deve ser compartilhado com os demais,
apesar de todo ciúme que desperta (Laplanche & Pontalis, 1986; Lai &
Huang,2004). Assim sendo, a mulher sai da situação de parto num estado de total
conflito, como se tivesse perdido partes importantes de si mesma ou lhe
tivessem extraído algo muito precioso.
· No
entanto, não é só isso. Há uma série de outros problemas podem levar à
depressão pós parto, como:
· As
ansiedades de carência materna que pode ocorrer quando a puérpera apresenta
forte dependência infantil em relação à própria mãe ou ao marido;
Auto depreciação,
quando se sente incapaz de assumir as responsabilidades maternas
Sintomas
depressivos durante ou antes da gestação;
Histórico de
transtornos afetivos;
Tensão pré-menstrual
freqüente;
Problemas de
infertilidade anteriores à gravidez;
Primeira gravidez;
Produção
independente;
Perda de pessoas
queridas ou de um filho anterior;
Presença de
anomalias no bebê;
Desarmonia
conjugal;
Separação do casal
durante a gravidez;
Insatisfação com o
emprego;
Dificuldades
financeiras;
Aborto anterior à
gravidez e até desapontamento com o sexo do bebê.
Gravidez não desejada;
Grande número de
filhos;
* COMO DETECTAR ESTA
DEPRESSÃO? SINTOMAS?
Os
sintomas do estado depressivo variam quanto à maneira e intensidade com que se
manifestam, pois dependem do tipo de personalidade da puérpera e de sua própria
história de vida, bem como, no aspecto fisiológico, as mudanças bioquímicas que
se processam logo após o parto.
No
entanto uma da formas de detectar é ficar atento a alguns sintomas, e um dos
sintomas muito freqüente e comum a qualquer estado de depressão pós parto é a
rejeição ao bebê. Outros sintomas comuns são:
- Tristeza
- Sentimentos de
culpa,
- Desânimo
persistente, falta de vontade até mesmo de fazer coisas simples como tomar
banho, assistir televisão ou ler uma revista.
- Alterações do sono,
- Idéias suicidas,
- Temor de machucar o
filho,
- Presença de idéias
obsessivas
- Diminuições do
apetite e da libido.
* Como tratar?
É
preciso de um acompanhamento multidisciplinar com o Obstetra, o Psicólogo e, às
vezes, o Psiquiatra.
Não
há dúvidas que a Psicoterapia é um ótimo caminho, pois a depressão afeta a
mulher, num todo. Não se restringindo apenas ao aspecto físico. Como existem
muitos fatores psicológicos, ou fatores do cotidiano da vida da mulher que
possam estar provocando ou perpetuando a depressão, psicoterapia é muito
importante. Nas depressões mais graves, o medicamento deve ser utilizado.
a família pode ajudar?
Em
casos de depressão pós parto a família tem papel fundamental e deve principalmente
ficar atenta às atitudes comportamentais da mãe em relação ao bebê,
sabendo que é muito importante preservar a relação de
afetividade entre ambos.
O
companheiro e a família podem e devem contribuir neste processo, o dialogo é
fundamental, é imprescindível também apoiar a mãe com muita compreensão, amor e
afeto, pois depressão pós parto não é “frescura”, é uma doença séria e que pode
ter sérias conseqüências.
Se
for necessário, a família não deve ter receio de procurar um especialista para
acompanhá-la, o auxílio de profissionais da área é de grande valia, como o
obstetra, o psicólogo. Especialistas têm todo o embasamento para encontrar
precocemente o tratamento para conservar a qualidade de vida de todos.
Enquanto
a mamãe está em tratamento, é adequado a família não ordenar algo que ela não
se sinta em condições de realizar. É imprescindível respeitar os limites,
compreender que a doença é incapacitante e que traz muito sofrimento é o
caminho para que ela possa sair mais rapidamente deste problema.
* A depressão pode se
prejudicial ao bebê?
Sim,
muito. O estabelecimento de um bom vínculo afetivo entre mãe e filho nos
primeiros meses de vida é essencial para o desenvolvimento saudável da criança.
A
depressão nessa fase impede que a mãe cuide-se de forma apropriada e tenha
disponibilidade emocional para cuidar e satisfazer às necessidades do filho.
Além de todo o sofrimento causado à própria mãe, a doença pode prejudicar a
qualidade da relação mãe-bebê, já que a mãe tranqüila e afetuosa tenderá a ter
um bebê calmo e tranqüilo. Por outro lado, uma mãe insegura e ansiosa poderá
acentuar sua inquietação e agitação.
A
criança poderá apresentar além da agitação, da inquietação atrasos na fala,
problemas de comportamento, choro constante.
A
depressão pós-parto também pode ter conseqüências calamitosas no futuro: os
filhos podem apresentar problemas de ajustamento social na adolescência, com
maior tendência à apatia, à depressão, e ao abuso de substâncias psicoativas,
devido à ansiedade.
Mamãe!!
- Não perca tempo sofrendo, procure
uma ajuda profissional de qualidade;
- Faça o tratamento e acompanhamento
médico certinho, não desista, não desista de você e muito menos de seu bebê;
- Tenha a certeza que a depressão
pós-parto tem cura;
- Lembre que depressão não é frescura,
é doença;
- Aceite a ajuda de pessoas próximas.
Nos consultórios, problemas,
como, DEPRESSÃO PÓS PARTO, ansiedade, fobias, etc, vêm sendo COMBATIDOS COM
ÊXITO e de FORMA MAIS RÁPIDA COM A AJUDA DA HIPNOSE.
Não por acaso, o Conselho Federal
de Psicologia (CFP), ainda em 2000, reconheceu e regulamentou a hipnose como
recurso auxiliar no tratamento.
Psicoterapia
+ Hipnose Clínica
Psicóloga Joselaine Garcia
CRP/RS 18.433
Psicóloga Clínica
Especialista em Hipnose Condicionativa
Especialista em Hipnoterapia cognitiva
Pós graduada em Docência Universitária
Membro do Latin American Quality
Institute
B L O G U E I R A - Blog: http://joselainegarcia.blogspot.com.br/
Colabora regularmente com a imprensa
escrita, rádio e televisão.
Psicóloga laureada com diversos
prêmios: Internacional, Nacional e Estadual
CONSULTÓRIO DE PSICOLOGIA
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